Após uma programação repleta de debates, foi concluído, em 18/05, em Manaus (AM), o "Encontro Soluções Inovadoras para o Futuro das Cidades". A atividade aconteceu na sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e é uma iniciativa do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e do Programa Cidades Sustentáveis (PCS), no âmbito do projeto CITinova - Planejamento Integrado e Tecnologias para Cidades Sustentáveis, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).  

Com a criação de uma ferramenta que apresenta soluções inovadoras, de forma gratuita, a ideia foi capacitar gestores públicos municipais em torno do Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis (Oics) do CGEE para que possam alcançar os seus objetivos de desenvolvimento urbano sustentável.

Após dois dias de socialização de experiências por meio de painéis e oficinas, a manhã de ontem (18), contou com a organização dos seguintes painéis temáticos: "Ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável" e "Financiamento para Cidades Sustentáveis e Lançamento do Guia de gestão orçamentária e financiamento municipal". Com eles, foi concluído o ciclo de diálogos entre experiências exitosas de municípios brasileiros, por meio  da socialização de conhecimento científico e caminhos criados por entidades municipalistas, moderados por instituições de referência. 

Ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável

Por meio da apresentação de dados e estratégias para a tomada de decisão em CT&I, um dos painéis trouxe informações sobre a atuação dos observatórios do CGEE. Além do Oics, o Centro desenvolve projetos nos temas ciência, tecnologia e inovação; tecnologias espaciais; e bioeconomia. O painel contou com a participação dos coordenadores e assessores técnicos dessas iniciativas, Adriana Badaró (OCTI), Thyrso Villela (OTE) e Daniella Fartes (OBio). 

Durante o debate, os palestrantes levaram exemplos de como essas iniciativas podem contribuir com o tema desenvolvimento sustentável. Pelo Octi, a coordenadora Adriana Badaró abordou as linhas de atuação do observatório, de panoramas e indicadores. Nesse contexto, ela apresentou indicadores de mestres e doutores na região Norte e um panorama de C&T na Amazônia Legal. 

O coordenador do OTE, Thyrso Villela, falou sobre os cubesats, nanossatélites de baixo custo que podem contribuir com o desenvolvimento sustentável. Além disso, ele comentou sobre a atuação do observatório, que fornece inteligência tecnológica para o setor espacial nacional. Para concluir, Daniella Fartes, do OBio, abordou o tema bioeconomia amazônica. De acordo com ela, a bioeconomia é toda atividade derivada de bioprocessos e bioprodutos que contribuem para soluções eficientes no uso de recursos biológicos. A assessora técnica comentou, ainda, sobre o recém-lançado boletim do observatório, sobre bioeconomia amazônica. 

Com moderação da diretora do Inpa, Antônia Pereira, o painel trouxe, ainda, a experiência do Amazônia +10, programa de desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação criado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e que conta com a parceria dos conselhos nacionais das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e de Secretários Nacionais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti). 

O tema foi debatido pelo consultor do CGEE, Antonio Galvão. Por demanda dos conselhos ao MCTI, o Centro realizará um estudo para atualizar as contribuições anteriores da instituição sobre as estratégias de CT&I para a Amazônia Legal, assim como levantar demandas de projetos prioritários de pesquisa e inovação na região. 

Cidades Sustentáveis 

Com a moderação do diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Municípios (ABM), Gilmar Dominici, foi realizado um painel sobre "Financiamento para cidades sustentáveis". O debate contou com a participação do representante da Caixa Econômica Federal, Cristiano de Medeiros; da representante do Programa Pró-Cidades, do Ministério das Cidades (MCIDADES), Cristiana Guimarães; e do prefeito de Jundiaí (SP), Luiz Fernando Machado, por meio de um estudo de caso de financiamento urbano. Na ocasião, foi possível dialogar com especialistas em financiamento e sustentabilidade, com o compartilhamento de experiências práticas dos tipos de benefícios advindos de projetos para cidades sustentáveis e os caminhos para alcançar esse tipo de recurso. Houve, ainda, o anúncio sobre o lançamento posterior do guia Gestão Pública Sustentável (GPS) - Guia de Gestão Orçamentária e Financiamento Municipal, feito pela coordenadora do PCS, Zuleica Goulart.