Detalhe Brasilia
Brasília
O Projeto Nascentes é um projeto-piloto e possui como principal entrega a recuperação de 80 hectares de Áreas de Proteção Permanente (APP) de nascentes e de cursos d'água e áreas importantes de recarga hídrica de aquíferos do DF. O projeto testou a viabilidade de soluções inovadoras para a recomposição vegetal nativa em áreas do Distrito Federal. Podem-se citar pelo menos cinco iniciativas dessa natureza: - análise multicritério para priorização das áreas visando à recomposição vegetal; - a nucleação como técnica de recomposição vegetal nativa; - o plantio de sementes nativas como técnica complementar às principais utilizadas; -a condução de regeneração natural para regenerar as áreas mais rapidamente e reduzir os custos do agricultor; - utilização do Protocolo de Monitoramento da Recomposição da Vegetação Nativa do Distrito Federal (WWF, 2017).
Desafios OICS
- Uso apropriado do solo
- Tratamento e recuperação de áreas contaminadas ou degradadas
- Acesso à água limpa
- Ciclo natural da água
- Mudança climática e resiliência
- Restaurar e conservar serviços ecossistêmicos
- Áreas verdes urbanas
Eixos PCS
- BENS NATURAIS COMUNS
- CULTURA PARA A SUSTENTABILIDADE
- DO LOCAL PARA O GLOBAL
- EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE E QUALIDADE DE VIDA
- GESTÃO LOCAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Palavras-chave
Atores
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal
governamental
Instituto Brasília Ambiental
Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE
E A Meio Ambente e Engenharia - Equilíbrio Ambiental
Fornecedores
iniciativa-privada
E A MEIO AMBIENTE E ENGENHARIA – EQUILÍBRIO AMBIENTAL
Público beneficiado
72 agricultores localizados na bacia hidrográfica do rio Descoberto e da bacia hidrográfica do rio Paranoá, no Parque Ecológico do Riacho Fundo e no Parque Ecológico Águas Claras. Os agricultores da bacia hidrográfica do rio Descoberto são em sua maioria assentados de reforma agrária, diferentemente de os localizados na bacia hidrográfica do rio Paranoá que possuem uma situação socioeconômica referente à da classe média.
Processo de articulação
Com o advento da crise hídrica em 2016 e a realização do 8º Fórum Mundial da Água em Brasília, em 2018, a questão da segurança hídrica ganhou maior destaque, trazendo à tona a necessidade de recuperar áreas degradadas e preservar os serviços ecossistêmicos relacionados. Diversos fatores contribuem para a diminuição da disponibilidade de água, incluindo as mudanças no regime de chuvas, o aumento do consumo devido ao crescimento populacional e as altas taxas de supressão de vegetação nativa. Além disso, técnicas inadequadas de produção agrícola podem levar à impermeabilização do solo, afetando o abastecimento dos corpos hídricos da bacia, especialmente no que se refere ao abastecimento de água. Diante desse cenário, a inovação nas técnicas de plantio voltadas para a proteção das bacias hidrográficas, com foco nas áreas de proteção permanente, como nascentes e recarregamento hídrico de mananciais, tornou-se essencial no enfrentamento da crise hídrica e climática. Essas medidas visam preservar e recuperar os ecossistemas que são fundamentais para a manutenção do ciclo hidrológico e a disponibilidade de água de qualidade. Ao adotar práticas de plantio inovadoras, como agroflorestas e sistemas agroflorestais, é possível reduzir a erosão do solo, aumentar a infiltração de água, promover a retenção de umidade e melhorar a qualidade da água nas bacias hidrográficas. Além disso, a conservação das áreas de proteção permanente, como matas ciliares e nascentes, contribui para a manutenção dos cursos d'água e a recarga dos aquíferos. A integração de atividades agrícolas e florestais numa mesma área torna o sistema agrícola mais sustentável, considerando que passam a atuar de forma sinérgica e complementar. A combinação de culturas agrícolas e plantios otimizam o uso dos recursos naturais, promovem a conservação do solo, melhoria da qualidade da água, aumento da produtividade e redução dos impactos ambientais negativos. Nesse sentido, a presença de árvores contribui para a melhoria da fertilidade do solo, proteção contra erosão, aumento da biodiversidade, sequestro de carbono. A agricultura pode se beneficiar da fertilidade do solo e da ciclagem de nutrientes promovida pela integração. Economicamente, a diversificação das atividades permite uma maior estabilidade de renda ao longo do ano, com a possibilidade de comercialização de diferentes produtos agrícolas e florestais. A integração dos sistemas contribui para a conservação dos recursos naturais, a mitigação das mudanças climáticas e a promoção do desenvolvimento rural sustentável. É fundamental estabelecer estratégias de manejo sustentável da água, envolvendo ações integradas entre governos, setor privado, sociedade civil e comunidades locais. Essas estratégias devem incluir a implementação de programas de incentivo à adoção de práticas sustentáveis na agricultura, o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle da qualidade da água, a promoção da educação ambiental e o estabelecimento de políticas de gestão hídrica eficientes. Nesse contexto, a inovação nas técnicas de plantio e a proteção das áreas de proteção permanente tornaram-se pilares fundamentais para enfrentar a crise hídrica e climática. É necessário promover uma abordagem integrada, que considere tanto a conservação dos recursos hídricos quanto o desenvolvimento econômico e social de forma sustentável. Somente com ações conjuntas e investimentos em tecnologias e práticas inovadoras será possível garantir a segurança hídrica e enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
Investimento necessário
DE 1 ATE 5 MILHAO
Especificação dos valores
-
R$3.114.772,85
- investimento total de todos as etapas metodológicas da implantação do projeto-piloto Nascentes. Custos por etapa metodológica da implantação do projeto-piloto Nascentes: Diagnóstico: R$ 312.378,72 Implantação: R$ 1.325.194,28 Manutenção, monitoramento replantio: R$ 1.085.761,70 Mobilização: R$ 111.753,91 Sistematização e elaboração da Cartilha: R$ 257.631,94 Impressão da tiragem 3.000 unidades da Cartilha: R$ 22.052,30
Piloto
Período de implementação
Início 07/01/2020
Finalização 14/12/2022
País
Brasil
Estado/província
Distrito Federal
município
Brasília
bairro
Bacias do Descoberto e Paranoá
Localização
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Detalhes
Benefícios
Sociais
Espera-se que as áreas recuperadas ofereçam locais de contemplação da natureza, também que possam vir a oferecer recursos medicinais, alimentos, proteção à erosão e assoreamento. De outra feita, os resultados positivos do projeto poderão ensejar que estimulem aos vizinhos e comunidades dos beneficiários que também realizem plantios de recuperação e/ou ampliação da proteção às suas APP.
Ambientais
Os plantios realizados devem oferecer aos beneficiários coberturas vegetais capazes de promover a interceptação e ampliar a proteção dos solos (ação de evitar a degradação direta das gotas de chuva; ampliação da microbiota no solo; manutenção da umidade por mais tempo no solo). São efeitos dos plantios para as propriedades: diminuição da contribuição ao assoreamento dos cursos de água; com a presença e aumento das raízes de espécies arbóreas e do aumento da matéria orgânica em decomposição, se mantêm a estrutura do solo, permitindo os fluxos de ar e água na matriz do solo. Será esta água que recarregará os lençóis subterrâneos e fluirá para os rios com pouco ou nenhum sedimento, gerando maior disponibilidade do recurso ao ambiente e para os usos antrópicos. Nesse sentido, recuperando o fluxo de água nas nascentes antes, degradadas.
Econômicos
Foram plantadas espécies de Cerrado com aproveitamento comercial, como é o caso do baru (Dipteryx alata), pequi (Caryocar brasiliense), mutamba (Guazuma ulmifolia), aroeira rosa (Schinus terebinthifolius), entre outras. O objetivo desse plantio é que os beneficiários possam comercializar os produtos in natura, ou ainda agregar valor a eles (conservas, doces, biscoitos etc.). A remuneração advinda da comercialização dos produtos nativos tem como consequência aumento da renda familiar, propiciando um cuidado maior com essas espécies e consequentemente a preservação de seus indivíduos. Assim, tem-se a expectativa que as áreas sejam mantidas pelos beneficiários e ainda que utilizem os plantios para extrativismo não madeireiro. A utilização de produtos in natura ou com valor agregado pode gerar um incremento na renda familiar, o que resulta em estímulo para aumento da área recuperada, bem como na manutenção daquelas já trabalhadas.
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Este piloto contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
Informações sobre o processo
36 meses para implementar
60 meses para obter retorno