Recife

Sociais

Através da provisão de uma travessia, trazer a possibilidade de integrar socialmente áreas da cidade que hoje são segmentadas pelo rio; As travessias visam costurar e conectar partes da malha urbana dos bairros separados pelo Capibaribe. Nos processos de urbanização da cidade "formal",  as construções e usos ao longo de suas margens "viraram as costas" para o Rio, enquanto na cidade autoconstruída as margens do Rio se tornaram espaços de sobrevivência e subsistência. Simbolicamente, o que ele representa enquanto atributo ambiental  e paisagístico perdeu força no imaginário dos recifenses uma vez que as relações foram transformadas por estes cenários.  As passarelas, mesmo em suas inserções pontuais, oferecerem novas possibilidades de se relacionar afetivamente e culturalmente com as águas, com o mangue e com todo o conjunto paisagístico que só pode ser sentido e percebido através do ato de atravessar.

Ambientais

Reaproximar a população do Rio Capibaribe através da possibilidade de atravessar e de permanecer, reatando os laços afetivos da população com o Rio; Promoção de concursos com tema e diretrizes projetuais voltadas à sustentabilidade, mobilidade ativa e redução de emissões, que pode se tornar um exemplo de boa prática a ser replicada em outros concursos e projetos urbanos; Incentivo ao caminhar e ao uso de modos de transporte não motorizados;

Econômicos

Diminuir os custos com transporte para as pessoas que, atualmente, precisam pagar transporte público ou transporte por aplicativo para chegar nos bairros e espaços da margem oposta; Conectar margens/bairros com população de menor renda e menos acesso à oportunidades com margens/bairros com áreas de maior concentração de renda, empregos e serviços; A instalação de novos espaços públicos nas cabeceiras das passarelas fomenta a economia local pois abre a possibilidade de pensar ocupações temporárias e/ou permanentes relacionadas à economia criativa e solidária, como feiras e eventos culturais.

Políticos

Fomentar a cultura de contratações de projetos públicos por meio da modalidade Concurso (Art. 22 da Lei de Licitações); Incentivar escritórios de Arquitetura e Urbanismo a pensar soluções para a cidade através do Concurso de projeto; O Concurso é um processo de contratação mais democrático e transparente, com ampla divulgação de seus documentos de Base, julgamento e resultados; Estreitamento e aumento da confiança institucional para parcerias entre OS's e prefeituras na elaboração de processos como estes, que vão desde a elaboração conjunta das Bases do Concurso até o licenciamento do projeto executivo.