No Brasil, onde a dependência dos combustíveis fósseis ainda é significativa, a busca por tecnologias sustentáveis no setor de transporte ganha cada vez mais relevância. Além disso, pensar em uma abordagem que priorize o transporte público é importante para para atender às crescentes demandas de mobilidade urbana. Nesse contexto, os ônibus elétricos a célula combustível a hidrogênio aparecem como uma solução e representam um grande passo rumo à descarbonização. 

Esta solução utiliza a tecnologia da célula de combustível, que impulsiona esses ônibus, convertendo hidrogênio em eletricidade para alimentar o motor, o que resulta em emissões que consistem apenas em água e calor. Por isso, são considerados veículos de emissões zero, ou seja, que não emitem poluentes, o que os tornam uma alternativa viável e limpa comparada aos ônibus tradicionais movidos a diesel. 

O Brasil, segundo a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), foi o primeiro país da América Latina a implementar uma frota de ônibus movidos a células de hidrogênio. Lançado em 2010 no Rio de Janeiro/RJ, o ônibus urbano movido a hidrogênio, com tecnologia 100% nacional foi fruto de uma parceria entre a Coppe/UFRJ, a Fetranspor e as secretarias de transporte municipal e estadual. Com autonomia para 300 quilômetros e emissão zero de poluentes, esse veículo representa um marco na inovação tecnológica nacional, utilizando sistemas avançados de tração elétrica e recuperação de energia cinética.

Além da vantagem ambiental, os ônibus de hidrogênio oferecem benefícios como uma faixa de direção superior e tempos de reabastecimento curtos. Essas qualidades possibilitam a operação em rotas mais longas e com maior utilização, demonstrando o potencial desses veículos para transformar o cenário do transporte público urbano. 

Por fim, ao mitigar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), também auxiliam na redução da poluição do ar nas cidades, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população. Assim, investir nesse tipo de alternativa ajuda no enfrentamento dos desafios ambientais do século XXI e a construir um futuro urbano mais limpo.

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