Soluções em Foco #13: Mecanismos de gestão de risco de inundação e deslizamentos: zonas de gestão e centros de monitoramento

26/06/2024


Atualizado em 26/06/2024  |  por Equipe OICS

Com o aumento da urbanização e as mudanças climáticas, inundações e deslizamentos se tornaram cada vez mais frequentes nas cidades. A ocupação desordenada de espaços e a impermeabilização do solo contribuem significativamente para esses problemas. Uma das soluções que procuram reduzir os danos causados por essas adversidades são as zonas de gestão e centros de monitoramento. Estes mecanismos de gestão de risco são ferramentas utilizadas para mapear os perigos, proteger as comunidades vulneráveis e aumentar a resiliência urbana. 

As zonas de gestão de risco são áreas identificadas através de mapas que mostram os limites e a vulnerabilidade a inundações e deslizamentos. Esses mapas viabilizam a visualização estratégica dos pontos críticos e ajudam na implementação de medidas de prevenção. Por meio dessas zonas, é possível aplicar soluções baseadas na natureza, como microrreservatórios, jardins de chuva e trincheiras de infiltração, que não só mitigam os riscos imediatos, mas também contribuem para a captura de carbono e a redução de gases de efeito estufa (GEE), atuando de maneira integrada na luta contra as mudanças climáticas. 

Os centros de monitoramento complementam as zonas de gestão, oferecendo um controle sistemático e contínuo das áreas de risco. Eles desempenham um papel crucial ao fornecer dados em tempo real e alertas que ajudam na preparação e resposta rápida a eventos extremos. Equipados com tecnologia avançada, esses centros podem prever desastres iminentes e coordenar ações de emergência, minimizando os danos materiais e protegendo vidas humanas. 

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), por exemplo, trabalha no monitoramento de ameaças da natureza e na previsão de eventos extremos. O centro monitora, 24 horas por dia, as áreas de risco de municípios classificados como vulneráveis a desastres naturais em todo o território nacional, o que torna possível a previsão de quando haverá algum evento hidrológico ou geodinâmico. Essa antecipação possibilita, então, que seja emitido um alerta aos órgãos competentes e às comunidades possivelmente afetadas para que tomem as medidas necessárias. 

Desse modo, a integração de zonas de gestão e centros de monitoramento representa uma abordagem que promete reduzir os danos gerados por inundações e deslizamentos em áreas urbanas. Ao priorizar medidas preventivas e a gestão de riscos, as cidades podem não apenas mitigar os impactos dos desastres naturais, mas também promover uma convivência melhor entre o desenvolvimento urbano e o meio ambiente.

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Por: Ana Luiza Moraes