Soluções
Solução aplicável em:
Cidades de pequeno porte
Cidades de médio porte
Cidades de grande porte
Solução aplicável nas regiões:
Nível de maturidade da solução
Ideação e pesquisa
Aplicada em escala piloto
Disponível comercialmente e aplicada
Amplamente disseminada
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tipo de Investimento
Informação indisponível
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
A criação das zonas de gestão permite definir soluções baseadas na natureza a serem aplicadas nas diferentes zonas, aumentando a resiliência a desastres e mitigando os impactos das mudanças climáticas nas comunidades. Estas medidas, potencialmente, podem capturar carbono, assim contribuindo para a redução da concentração de GEE na atmosfera.
Diversos mecanismos podem ser aplicados, em meio urbano, para realizar a gestão de riscos de inundação e deslizamentos. Dentre estes, podem ser destacados as zonas de gestão e centros de monitoramento de riscos de inundação e deslizamentos. As zonas de gestão de risco de inundação e deslizamentos são uma ferramenta para saber quais áreas têm o maior risco de que tais eventos ocorram, sendo constituídas por meio de mapas e avaliações de risco. A utilização de um mapa de inundação permite uma melhor visualização de pontos estratégicos e a relação destes com as áreas de maior risco de inundação, facilitando a criação e priorização de medidas preventivas (CAMPOS et al., 2015; ENVIRONMENT AGENCY UK, 2022). Tais zonas de gestão de risco podem incluir: mapas mostrando os limites da(s) área(s) de risco de inundação; conclusões obtidas dos mapas de risco e perigo de inundação; objetivos para gerir o risco de inundação identificado; medidas propostas para atingir esses objetivos; calendário proposto e formas de implementar as medidas; e indicação de responsáveis pela implementação das medidas (ENVIRONMENT AGENCY UK, 2022). Assim, a criação das zonas de gestão permite definir soluções baseadas na natureza a serem aplicadas nas diferentes zonas, aumentando a resiliência a desastres e mitigando os impactos das mudanças climáticas nas comunidades. Dessa forma, para combater mais diretamente as inundações, dentre os dispositivos que podem ser utilizados nas zonas de gestão, estão os microrreservatórios, poços de infiltração, jardim de chuva, faixa gramada e trincheira de infiltração. Como medida posterior ou concomitante às zonas, visando ao monitoramento sistêmico das áreas de risco de inundação e deslizamentos, podem ser criados centros de gestão municipal para melhor gerenciamento dessas zonas. Como exemplo pode-se citar o CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), que monitora áreas de risco de municípios classificados como vulneráveis a desastres naturais em todo o território nacional (CEMADEN, 2016).
O Problema
Deslizamentos e inundações são recorrentes na natureza e com a intensificação da urbanização e crescimento das cidades, cada vez mais áreas de riscos têm sido ocupadas. Os deslizamentos são movimentos de solo, rocha e outros detritos gerados pela infiltração de um grande volume de água, principalmente da chuva. As inundações podem ocorrer com o aumento da vazão de um curso d’água, provocando o extravasamento das águas de um rio para as áreas marginais ou ainda em áreas com elevado grau de impermeabilização do solo e sem sistema de drenagem adequado. Assim como os deslizamentos, as inundações estão associadas a fortes chuvas. A maior densidade populacional em áreas ambientalmente inadequadas aumenta os riscos de deslizamentos e inundações provocarem perdas materiais e, até mesmo, humanas. Algumas ações humanas aumentam o risco de deslizamentos e inundações, por exemplo, cortes em talude com inclinação inadequada, e práticas não sustentáveis de gerenciamento do lixo (CARVALHO e GALVÃO, 2016; MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2022). Problemas urbanos que ocorrem como consequência de fatores climáticos têm se tornado cada mais frequente, devido, dentre vários fatores, a alterações climáticas, poluição, redução de áreas verdes em virtude de pavimentação e construções de edificações. Assim, a criação de zonas de gestão de risco de inundação e deslizamentos pode auxiliar na prevenção e mitigação das consequências de fenômenos climáticas extremos sobre as comunidades urbanas.
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