Artigo Estudos de Caso

Pesquisa de Origem e Destino de Recife - 2016

Metodologia

Mobilidade

Metodologia para pesquisa de origem e destino

Brasil

Pernambuco(PE)

Metodologia

A Lei Federal nº 12.587 não previu qualquer forma de financiamento para o desenvolvimento dos planos municipais de mobilidade urbana ou para a realização das diversas pesquisas necessárias para sua realização. O custo para a realização da pesquisa no Recife foi estimado em mais de R$ 6 milhões. A Lei Municipal 18.215, por sua vez, foi elaborada pelo Executivo Municipal com suporte técnico do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, órgão de planejamento da prefeitura, e visa dar suporte à nova metodologia para realização da Pesquisa de Origem e Destino. Segundo Moreira e Schreiner (2017), a proposição de uma nova metodologia decorreu de dois fatores principais: a) a grave situação econômica enfrentada pelo Município e pelo Estado e b) a necessidade de modernizar o processo de coleta de dados de mobilidade e incorporá-lo à rotina da cidade. O conceito principal dessa metodologia está centrado na substituição das entrevistas domiciliares por um formulário eletrônico, de forma eliminar a necessidade de um grande contingente de pesquisadores,reduzindo custos e aumentando a periodicidade da coleta de dados. A nova metodologia foi desenvolvida com base nos mesmos critérios técnicos para garantir a validação da amostra coletada através de questionário eletrônico. A metodologia, ancorada na Lei, se baseia na ação direta junto a pais de alunos de escolas municipais, estaduais e públicas, estudantes de instituições de ensino superior, funcionários de empresas privadas e servidores públicos (Moreira e Schreiner, 2017). A coleta, na primeira edição da pesquisa, concentrou-se nos deslocamentos com motivos de trabalho e estudo. O principal instrumento de pesquisa foi um formulário eletrônico hospedado na porta da Prefeitura do Recife. As perguntas contidas no questionário foram ajustadas para serem mais facilmente compreendidas pelo respondente, já que este não contava com o auxílio do entrevistador, como ocorre nas pesquisas de domiciliares tradicionais. O formulário não solicitava a identificação do respondente, entretanto, o sistema coletava automaticamente o IP (Internet Protocol) do computador, a data e o horário da resposta. De forma a cumprir a Lei de Informação de Mobilidade, ao finalizar as respostas, o sistema gera um Comprovante de Participação, que inclui um número de protocolo único. Ao todo o formulário foi composto de 55 perguntas, que eram apresentadas ao respondente em blocos condicionados às respostas recebidas. A Lei nº 18.205 determina que as categorias de estabelecimentos especificadas em seu texto solicitem de funcionários, alunos, pais ou responsáveis que sejam fornecidas as informações solicitadas no questionário.

Implementação

Atores

Prefeitura Municipal do Recife

Governamental (de cima para baixo)

Governança

Responsabilidade da Prefeitura Municipal do Recife e Coordenação Técnica da Diretoria de Mobilidade Urbana do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, responsável pelo desenvolvimento da metodologia, coleta, crítica e análise dos dados.

Público-alvo

População da cidade do Recife.

Elementos de Replicabilidade

Envolvimento de várias áreas da estrutura administrativa: órgão de transporte e mobilidade, órgão responsável pela tecnologia da informação, secretaria da edição e órgãos responsáveis por assuntos econômicos e fazendários.

Instituição de Lei que discipline a requisição e o fornecimento das informações necessárias ao planejamento da política e sistema de mobilidade urbana.

Existência de corpo técnico qualifica em órgão específico de transporte e mobilidade.