Estudos
Sistema de sanitário a vácuo Jade
Saneamento Ambiental - ÁGUA
Sistema de sanitário a vácuo
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A empresa Jets™ criou o sistema de sanitário a vácuo Jade, o mais silencioso do mercado, com ruído inferior a 69 dB, semelhante ao sanitário convencional. A tecnologia pode ser aplicada em residências, hotéis, edifícios comerciais, corporativos, públicos e privados, tanto para novas construções quanto para reforma em construções existentes. O diferencial do sistema é a possibilidade de instalação independente da gravidade. A tubulação permite a instalação do vaso com saída direcionada para cima ou para baixo, o diâmetro do tubo horizontal de saída é de 50 mm, menor do que os tubos de modelos tradicionais de 100 mm, não necessita de ventilação, evita o entupimento e tem baixa manutenção. Uma vez instalado o sistema, a sua expansão é simples e fácil de ser realizada.
Custo para Implementação
De cem a quinhentos mil reais
O valor do investimento dependerá muito do número de sanitários e da infraestrutura que necessitará. Considerando a instalação de um sistema para um vaso sanitário a vácuo, o valor aproximado é de R$ 30 mil. Já a instalação de um sistema, com 50 vasos sanitários a vácuo, custará aproximadamente R$ 7,4 mil por vaso sanitário. Ou seja, quanto maior o número de vasos, o valor diminui proporcionalmente por vaso. Essas informações são referentes aos valores informados em julho de 2020.
Desafios
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O sistema reduz significativamente o consumo de água no vaso sanitário. Desta forma, utiliza a água tratada de forma responsável e eficiente.
Motivação
O principal motivo para a instalação do sanitário a vácuo é a redução significativa no consumo de água e a redução da geração de esgoto. O sistema utiliza pouca água para a retirada dos dejetos do vaso sanitário: apenas 1 litro de água por acionamento da descarga para a limpeza, trazendo uma economia de até 90% em relação ao sistema de baixa descarga que utiliza 6 litros de água no seu acionamento máximo. A solução pode enfrentar o desafio derivado do crescimento verticalizado das grandes cidades brasileiras, em que há grandes complexos de prédios residenciais e comerciais, porém, sem a mesma velocidade de crescimento da infraestrutura da rede de água e esgoto que atenda esta demanda. Um sistema a vácuo viabiliza a utilização da infraestrutura de água e esgoto oferecido pelas cidades. Segundo levantamento técnico realizado pela Tavola Engenharia®, em uma edificação com circulação média de 5 mil pessoas por dia útil, estima-se que, somente com o uso de sanitários a vácuo, é possível gerar uma economia de aproximadamente 33.000 metros cúbicos de água por ano, com impacto direto na redução do volume de esgoto.
Contexto
Segundo o Painel Saneamento Brasil (2018), a população brasileira é de aproximadamente 203 milhões de habitantes, com 72 milhões de residências; destas moradias, 2,4% não possuem banheiro. O Painel aponta que 83,6% da população brasileira tem acesso ao abastecimento de água tratada e somente 53,1% da população tem acesso à coleta de esgoto. A população consome aproximadamente 10 milhões de metros cúbicos de água, com um consumo per capita de 134,97 litros de água por dia. O Painel de Saneamento também mostra que o valor da tarifa residencial média nacional de água é de R$ 4,70 por metro cúbico e o valor da tarifa residencial média nacional de coleta de esgoto é de R$ 3,76 por metro cúbico. É importante destacar que o valor da tarifa apresentado é uma média nacional, onde os extremos são omitidos. Por exemplo, na cidade de São Paulo, de acordo com a Sabesp, a tarifa residencial de consumo de água de até 10 m³/mês é de R$ 26,18 e a tarifa de esgoto é de R$ 26,18, também na faixa de consumo de até 10m³ por mês. Já a tarifa comercial de consumo de até 10 m³ é de R$ 52,57 e a tarifa de esgoto é de R$ 52,57. No entanto, um prédio comercial geralmente tem o consumo de água superior a 50m³/mês; neste caso, o valor do metro cúbico de água é de R$20,42/m³ e o valor da tarifa de esgoto é de R$ 20,42/m³. Com o histórico de crises hídricas no país, é notório que estamos vivenciando o desequilíbrio do consumo de água: alguns dos reservatórios e mananciais são incapazes de se reestabelecerem mesmo com as precipitações de chuvas. Segundo a Agência Nacional de Águas – ANA (2019), em 2018, foi estimada a retirada total de 2.048 metros cúbicos por segundo de água dos recursos hídricos no Brasil, sendo 24,4% somente para o uso humano; estima-se também que até 2030 teremos um aumento da retirada em 24%. Buscar soluções que permitam potencializar a economia no consumo de água é fundamental para garantir a continuidade da existência dos recursos hídricos e do abastecimento de água nas cidades.
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