Artigo Soluções

ORGANIZACIONAL ou GESTÃO/MODELOS DE NEGÓCIO

Ação comunitária: Mobilidade pró-pedestre

Ação comunitária: Mobilidade pró-pedestre

Mobilidade

Mobilidade não-motorizada

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

Reduz a necessidade de viagens motorizadas.


Esta solução tem como base o conceito de ação comunitária para a ocupação de espaços públicos com foco na valorização do deslocamento a pé. Os projetos urbanísticos decorrentes desse tipo de intervenção incluem a substituição de vagas de estacionamento por espaços de convivência e circulação, além da instalação de mobiliário urbano incentivador da permanência do pedestre na rua. Estudos sobre transporte e saúde evidenciam que a atividade física moderada é um dos principais fatores para a boa saúde, contribuindo substancialmente para a redução do risco de doenças crônicas, incluindo doenças cardíacas, câncer, diabetes e acidente vascular cerebral. A conversão de viagens motorizadas de curta duração em viagens de caminhada pode, por sua vez, contribuir também para a redução de impactos ambientais. Trata-se, portanto, de formas habilitadoras e facilitadoras para os pedestres, estimulando o deslocamento a pé, com benefícios sobre a qualidade de vida e a sustentabilidade.

Ruas Completas, Caminhabilidade Urbanismo Tático

O Problema

Este tipo de iniciativa tem respaldo na literatura que evidencia os benefícios das políticas incentivadoras do deslocamento a pé nas cidades e levam em conta, sobretudo, a redução da insegurança viária e os benefícios para a saúde. Ademais, estudos de custo-benefício de caráter mais geral sobre o investimento em transporte não-motorizado estimam também que os benefícios superam em quatro a cinco vezes os custos. Vale destacar que evidências dos benefícios da caminhada têm sido apresentadas por diversos estudos científicos e documentadas por organizações que atuam na promoção da mobilidade ativa. Em relação à segurança viária, tempos de travessia, localização da faixa de pedestres e comportamento de pedestres e motoristas são fatores importantes na segurança de pedestres. Estudos também demonstram que o aumento universal nos tempos de travessia é fundamental para melhorar a capacidade de locomoção e proteger os mais vulneráveis, principalmente em contexto de envelhecimento populacional. Por fim, é preciso sublinhar que iniciativas de valorização do espaço para o pedestre e o aumento do deslocamento a pé são alvo de controvérsias e acabam por resultar no conflito de interesses entre os diversos atores envolvidos. Contudo, é possível minimizar esses conflitos quando as medidas adotadas não incluem a redução das faixas de isolamento. Por fim, essa iniciativa possui caráter inovador em termos de arranjo participativo, ao envolver a comunidade local, o poder público nas esferas esferas executiva e legislativa e, ainda, a iniciativa privada.