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PROCESSO ou METODOLOGIA

Captura e utilização de carbono da produção de etanol na indústria de alimentos

Captura e utilização de carbono da produção de etanol na indústria de alimentos

Energia

Descarbonização energética

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

A captura e utilização de carbono da produção de etanol na indústria alimentícia promove um importante serviço de remoção de CO2 da atmosfera. O carbono que dá origem ao etanol provém das plantas (principalmente cana-de-açúcar, no Brasil), cujo crescimento via fotossíntese sequestra CO2 da atmosfera. Assim, a emissão de CO2 na produção e queima do etanol é considerada neutra já que, em um ciclo ideal, representa o retorno do carbono à atmosfera. Portanto, ao capturar o CO2 e impedir seu retorno à atmosfera, o processo promove um serviço de remoção líquida de carbono da atmosfera, que pode ser utilizado para compensar emissões de GEE em outros setores de difícil descarbonização.


Em face ao desenvolvimento da indústria sucroalcooleira, muitos distritos industriais urbanos e periurbanos formaram-se com vistas a fornecer insumos para o setor. A fermentação de etanol produz uma corrente com elevada concentração de CO2 de alta pureza que pode ser aproveitado na indústria alimentícia mediante baixo custo de captura. Dentre várias aplicações, o gás capturado na produção de etanol pode aproveitado na carbonatação de bebidas (refrigerantes) e processamento e/ou resfriamento de alimentos. A utilização do CO2 depende de processos como sua captura, armazenamento, transporte até o local de uso e os processos associados diretamente a seu uso. O custo do processo de captura depende da concentração do CO2 na corrente de onde ele é capturado. Usinas sucroalcooleiras podem ser modificadas para complementar o sistema de captura original da usina, usado para a lavagem de gases, com sistemas de captação e purificação de CO2 com filtros de carvão ativado, além de secadores e stripper para separar nitrogênio e oxigênio. Diante disso, o CO2 é liquefeito e direcionado para tanques isotérmicos sob temperatura de 25 graus Celsius negativos, para ser transportado e aproveitado por indústrias para carbonatação e resfriamento de bebidas e alimentos. Além de reduzir as emissões de CO2, dentre os benefícios econômicos da solução está a possibilidade de trazer maior competitividade a distritos industriais localizados em áreas urbanas e periurbanas, que poderiam monetizar um resíduo de processo industrial, com uma solução ganha-ganha – as destilarias de etanol teriam uma renda adicional com a venda de CO2, assim como a indústria de alimentos e bebidas, com a aquisição do CO2 a menor custo.

Captura de carbono Biocombustíveis Etanol Indústria alimentícia

O Problema

O CO2 é o principal gás de efeito estufa globalmente. Certos usos para o CO2 reduzem a sua emissão para a atmosfera, geram receitas e/ou substituem rotas convencionais de produção associadas a riscos ambientais. O setor sucroalcooleiro emite dióxido de carbono, que é liberado no processo de fermentação do etanol. Em geral, os empreendimentos apenas lavam o gás para recuperar o etanol contido nele, descartando o CO2. Há um grande potencial para o reaproveitamento do CO2, contribuindo para redução na emissão desse gás de efeito estufa. Mais do que isso, o setor de alimentos e bebidas é demandante deste gás, que geralmente é transportado por caminhões a diesel, assim aumentando a pegada de carbono do setor.