Soluções
Solução aplicável em:
Cidades de pequeno porte
Cidades de médio porte
Cidades de grande porte
Solução aplicável nas regiões:
Nível de maturidade da solução
Ideação e pesquisa
Aplicada em escala piloto
Disponível comercialmente e aplicada
Amplamente disseminada
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tipo de Investimento
Informação indisponível
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
As alternativas ecológicas de matéria-prima em substituição ao calcário, e consequentemente à queima do clínquer (maior poluidor do processo de produção do cimento), levarão à uma drástica redução na emissão de GEE.
A solução consiste em alternativas com o uso de matérias-primas não convencionais para a fabricação do concreto e de produtos de fibrocimento (como caixas d'água e telhas). O uso de materiais tradicionais, como o cimento, a brita e o amianto, pode ser reduzido ou até completamente substituído com a utilização de fibras vegetais e materiais reciclados. No caso do concreto, é possível reduzir o consumo de cimento em 20% a 40% com alternativas como cinza de bagaço de cana-de-açúcar, cinza de casca de arroz e resíduos da indústria cerâmica. Por sua vez, a brita e a areia podem ser completamente substituídas por resíduos da construção e demolição. No caso do fibrocimento, usado na fabricação de telhas ou caixas d’água, o consumo de cimento pode ser reduzido em até 50% com o uso de alternativas como as cinzas. As fibras vegetais substituem as fibras minerais tradicionais, como o amianto, que provocam danos à saúde humana. Há estudos com outros materiais como borracha de pneu usado, cinzas de esgoto sanitário ou de queima do lixo urbano para substituir, pelo menos parcialmente, o cimento. O uso de matérias-primas não convencionais para a fabricação do concreto e fibrocimento, portanto, apresenta inúmeros cobenefícios relativamente aos materiais cimentícios convencionais. Reduz o consumo de energia e a disposição de resíduos, bem como mitiga emissões de gases poluentes e danos à saúde humana.
O Problema
A indústria de cimento, que é um dos constituintes mais importantes do concreto, é responsável pela emissão de cerca de 5 a 7% da emissão mundial de dióxido de carbono (CO2). No Brasil, para cada tonelada de clínquer produzido, que é como se chama a massa crua utilizada durante a fabricação do cimento, são liberados na atmosfera pelo menos 564 kg de CO2 (SNIC, 2019). O contexto sobre o qual o concreto de baixo impacto ambiental deve ser defendido baseia-se em: programas de certificação ambiental, atualização das normas às tecnologias inovadoras e implementação do ciclo da "compra limpa" na construção civil, que visa fortalecer as normas que garantam que os edifícios sejam projetados não apenas como eficientes em termos de energia, mas também com materiais de baixo carbono. É importante que tecnologias inovadoras como o concreto de baixo impacto ambiental sejam incorporadas às normas e prática projetual e construtiva para que se atinja a meta de "zero emissões" no setor da construção.
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