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PROCESSO ou METODOLOGIA

Estratégia bioclimática: Sistemas de resfriamento natural

Estratégia bioclimática: Sistemas de resfriamento natural

Ambiente Construído

Acesso à moradia adequada e resiliente

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

Sistemas de resfriamento passivo substituem aparelhos de ar condicionado, grandes emissores indiretos de dióxido de carbono e diretos de gases fluorados.


A ventilação natural é uma estratégia bioclimática voltada a promover a eficiência energética na cadeia da construção civil. Com a iniciativa de fomentar melhorias nas práticas de uso dos recursos energéticos, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em cooperação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), executa o projeto “Transformação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil”. O objetivo principal do projeto é influenciar e desenvolver o mercado de eficiência energética em edificações comerciais e públicas, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa em até 3 milhões de toneladas de dióxido de carbono (tCO2) para os próximos 20 anos. Dentre as estratégias bioclimáticas citadas no projeto, o sistema de resfriamento natural evaporativo é um dos mais eficientes e é indicado para ser empregado em edificações de clima seco. O processo físico do resfriamento acontece por meio da evaporação da água presente no ambiente ou material de construção. Quando esta água é evaporada, o calor é retirado, levando ao resfriamento natural do ambiente. Além de promover a redução no consumo elétrico, que indiretamente mitiga emissões de gases poluentes e economiza água de reservatórios, sistemas de resfriamento natural de ambientes resultam em conforto térmico, assim tornando as edificações mais resilientes a eventos climáticos extremos, como ondas de calor.

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O Problema

Diante das mudanças globais do clima a promoção da eficiência energética de edificações representa uma relevante estratégia para a redução de emissões de carbono na atmosfera. A arquitetura bioclimática traz soluções capazes de estabelecer um novo paradigma para o setor da construção, rompendo com métodos construtivos arcaicos que imputam sobre a cadeia da construção civil o consumo de mais de 40% do total da eletricidade no Brasil. Em seu funcionamento os edifícios também contribuem para a mudança climática, sendo o ar condicionado um dos maiores consumidores de energia. Em todo o mundo existem 1,6 bilhões de aparelhos de ar condicionado em uso; até 2050, haverá mais de 5 bilhões de aparelhos em operação. Isso pode nos colocar em um ciclo vicioso, em que as temperaturas subirão e utilizaremos mais condicionadores de ar. Essa é outra razão pela qual é tão urgente descarbonizar as redes de energia do mundo. Mas o uso de energia não é o único problema dos aparelhos de ar condicionado, que contêm refrigerantes chamados gases F, que causam muito mais aquecimento global do que o dióxido de carbono. Em 2016, representantes de 197 países se comprometeram a reduzir a produção e o uso de certos gases fluorados em mais de 80% até 2045. Sendo assim, sistemas de resfriamento passivo tornaram-se uma importante tecnologia sobre a qual todas as nações devem investir.