Soluções
Solução aplicável em:
Cidades de pequeno porte
Cidades de médio porte
Cidades de grande porte
Solução aplicável nas regiões:
Nível de maturidade da solução
Ideação e pesquisa
Aplicada em escala piloto
Disponível comercialmente e aplicada
Amplamente disseminada
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tipo de Investimento
Informação indisponível
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
A utilização de materiais sustentáveis e de fácil acessibilidade do local de construção diminui a taxa de emissão de gases de efeito estufa durante o processo construtivo.
A solução se baseia na metodologia de captação de água atmosférica (chuva, orvalho e neblina) por condensação através de estruturas de bambu, armazenando-a em um sistema de reservatórios cuja finalidade é a distribuição de água potável para comunidades locais. O sistema de captação ocorre através da condensação da água da atmosfera em uma espécie de malha, posicionada perpendicular ao vento, normalmente em poliéster (ou qualquer material maleável que não seja absorvente). A água atmosférica condensa ao entrar em contato com a superfície da malha formando gotículas de água que se aglomeram até virarem gotas maiores. Com o aumento de peso as gotas escoam até um local de armazenagem que evita a evaporação. A malha é sustentada no ar por meio de uma estrutura em bambu. Devido à simplicidade dos materiais e da construção das estruturas que suportam as malhas, esse tipo de sistema pode ser auto-construído pela própria comunidade local, utilizando, normalmente, técnicas construtivas mais sustentáveis. Esses fatores, somados ao fato da solução dispensar o uso de energia elétrica, tornam a técnica altamente acessível e de alta viabilidade em diversos contextos. Ainda ao nível dos cobenefícios, o uso do bambu permite restaurar áreas de erosão próximas a cursos d'água, bem como diminuição das emissões diante da alternativa de linha de base, que é o emprego de materiais cimentícios na construção das estruturas.
O Problema
O ODS 6 que endereça o desafio da água, tem como objetivo a universalização e equidade de acesso a água potável em 2030. Apesar dos progressos, ainda é preocupante a desigualdade de acesso a água potável no mundo, é o que aponta o relatório “Progress on household drinking water, sanitation and hygiene I 2000-2017”, publicação conjunta da UNICEF e da ONU em 2019. Globalmente, Entre 2000 e 2017, o percentual de população com acesso à água potável por, pelo menos serviços básicos, saltou de 82% para 90% em geral, de 95% para 97% em áreas urbanas e de 69% para 81% em áreas rurais. Entretanto, enquanto 80 países em sua maioria desenvolvidos já atingiram a universalização, em regiões como a África Subsaariana e Ásia Central, há ainda longo caminho a ser percorrido. Cerca de 200 milhões de pessoas precisam se deslocar mais de 30 minutos para obter água, com predominância de mulheres e presença de crianças nessa função. Em geral, essas situações são mais frequentes em áreas de clima semiárido, cujo índice de precipitação tende a ser mais baixo que o comum, diminuindo os volumes dos cursos d’água, e os lençóis freáticos são mais profundos, sendo assim de difícil acesso para coleta. Os sistemas tradicionais de captação de água - captação de represas e poços artesianos - não são adaptáveis a qualquer local - devido à falta de recursos financeiros ou a barreiras geográficas -, deixando uma parcela considerável da população sem acesso à água potável. O atual cenário torna necessária a pesquisa em métodos alternativos de coleta e filtragem de água que sejam de implementação mais barata, fácil e de menor impacto ao meio ambiente.
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