Artigo Soluções

PROCESSO ou METODOLOGIA

Índice de Cobertura Vegetal Urbana

Índice de Cobertura Vegetal Urbana

Soluções Baseadas na Natureza (NBS)

Áreas verdes urbanas

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

A solução incentiva a criação de áreas verdes urbanas, as quais capturam carbono da atmosfera.


O índice de cobertura vegetal urbana (ICVU) é inspirado no índice Biotope Area Factor (BAF), aplicado inicialmente na Alemanha e posteriormente expandido para outros países. O ICVU mede a proporção de espaços verdes em áreas urbanas, visando o aumento dessas áreas em regiões densamente ocupadas (CLIMATE-ADAPT, 2013; PUBLIC HEALTH AGENCY OF CANADA, 2019). Para isso, são consideradas como áreas verdes o conjunto de áreas intraurbanas que apresentam cobertura vegetal, arbórea, arbustiva ou rasteira, as quais contribuem para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades (MMA, 2013). Sendo assim, a criação do índice permite que o tomador de decisão avalie a situação atual da cidade e desenvolva um plano de ação futuro, permitindo também o monitoramento de seus avanços (CLIMATE-ADAPT, 2013; PUBLIC HEALTH AGENCY OF CANADA, 2019). O cálculo do ICVU é realizado em diferentes cidades usando essencialmente a mesma fórmula, que é dada pelo quociente entre a área eco-desenvolvível e a área total do terreno. A área eco-desenvolvível é a representação dos diferentes tipos de superfícies que compõe a área total do terreno, sendo calculada pelo somatório dos produtos entre as áreas de cada tipo (em metro quadrado) e o coeficiente correspondente às características de cada tipo (adimensional). Por exemplo, alguns dos tipos de superfícies para o cálculo são: áreas impermeáveis, áreas semi-impermeáveis, áreas terrestres vegetadas, jardim vertical, telhado clássico, telhado verde, entre outros (PUBLIC HEALTH AGENCY OF CANADA, 2019). A implementação de um plano de ação, a partir do ICVU, permite o aumento da cobertura vegetal, com a criação de espaços verdes. Assim, auxilia no aumento da qualidade de vida da comunidade, que se beneficia com menor poluição atmosférica e visual, comum em cidades com locais urbanos densamente construídos. Ademais, podem ser citados outros benefícios que essas áreas podem proporcionar como o auxílio na regulação térmica da cidade, que em muitos casos sofrem com poluição excessiva e inversão térmica, a mitigação dos efeitos de mudanças climáticas, como a ocorrência de ilhas e ondas de calor, a melhora na qualidade do ar e redução de riscos de inundações ao criar espaços para a infiltração das águas das chuvas. Pode-se citar ainda que potencialmente esses espaços verdes contribuem positivamente para o aumento da biodiversidade e para todo o sistema hídrico urbano (EUROPEAN COMISSION, 2015).

Áreas verdes urbanas Índice de Cobertura Vegetal Urbana Plano de ação

O Problema

O avanço de ambientes densamente construídos é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável das cidades. O adensamento de construções, em muitos casos, está relacionado ao aumento da proporção de atividades econômicas em uma área fixa de uma região, como as atividades de serviços, de transportes e de indústrias e do número de unidades residenciais. Isso cria ainda uma barreira para que os espaços urbanos possam ser ocupados de outra forma, por exemplo, por áreas verdes, definidas pelo MMA (2013) como o conjunto de áreas intraurbanas que apresentam cobertura vegetal, arbórea, arbustiva ou rasteira, as quais contribuem para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades. Dentre os problemas dessa tendência estão o aumento da poluição atmosférica e visual, desregulação do microclima local e aumento da frequência de chuvas fortes e formação de ilhas de calor. O aumento da proporção de espaços construídos também impede a infiltração das águas da chuva nas cidades, devido a impermeabilização do solo, provocando inundações, frequentemente relacionadas a chuvas intensas. Inundações, por consequência, geram vários prejuízos econômicos e de saúde para a população local (CLIMATE-ADAPT, 2013). Para lidar com estes problemas parte-se do diagnóstico do ICVU, que também pode ser utilizado para monitorar o impacto da adoção de soluções sustentáveis nas cidades.

Estudos de Caso