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Materiais cimentícios suplementares: Resíduos agroindustriais e cerâmicos

Materiais cimentícios suplementares: Resíduos agroindustriais e cerâmicos

Ambiente Construído

Economia circular

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

A utilização de resíduos agroindustriais e cerâmicos substitui o cimento na composição de concretos e argamassas, assim mitigando emissões de gases de efeito estufa relacionadas ao consumo de energia e processo de manufatura cimentício.


O emprego de resíduos agroindustriais e cerâmicos para a substituição parcial de cimento na composição de concretos e argamassas é uma importante estratégia para minimizar os potenciais impactos ambientais dos materiais de construção, principalmente as emissões de gases de efeito estufa. Ademais, promove a economia circular pela transformação de resíduos e rejeitos de outras cadeias produtivas em coprodutos. No setor agroindustrial brasileiro, as cinzas residuais do aproveitamento energético do bagaço da cana-de-açúcar podem ser transformadas em materiais cimentícios suplementares. Isto porque, através de processos com a moagem, esses materiais adquirem propriedades pozolônicas (CORDEIRO, 2006). Quando adicionados ao cimento, as pozolonas reagem como a cal, liberada na hidratação do cimento, formando compostos cimentícios que conferem maior resistência final aos concretos (NEVILLE, 2013). Outras cinzas agroindustriais, como a da casca de arroz, apresentam desempenho melhor do que a do bagaço da cana-de-açúcar, por apresentarem alto teor de sílica. A incorporação dessas cinzas permite a produção de concretos mais resistentes e com maior durabilidade do que os concretos convencionais, o que resulta em ganhos ambientais ao longo do ciclo de vida desses materiais (CORDEIRO et al. 2021; SILVA, 2015). Da mesma forma, materiais cerâmicos descartados como resíduos de demolição e construção podem ser segregados e processados como materiais cimentícios suplementares, pois também apresentam propriedades pozolânicas. Entretanto, é preciso considerar as escalas de produção de cimento e a disponibilidade regional desses subprodutos. Em geral, por questões de custo, o cimento é produzido próximo aos grandes centros urbanos. Dessa forma, a aplicabilidade da solução deve estar associada à disponibilidade dos referidos resíduos, existência de plantas de produção e alta demanda de cimento.

Construção civil Materiais cimentícios alternativos Resíduos agroindustriais Resíduos cerâmicos

O Problema

O concreto é atualmente o material de construção mais utilizado ao redor do mundo. Agregado a este fato apresenta-se, diretamente, um elevado consumo de Cimento Portland Comum (OPC), o mais comum dos ligantes utilizados na confecção dos concretos. Porém, o processo de fabricação do OPC gera um elevado impacto ambiental. Estima-se que cada tonelada de clínquer (principal componente do cimento) fabricado consuma 1,57 toneladas de matéria-prima (CHOUDHURY; SALEEM HASHMI, 2020). Segundo (VISEDO; PECCHIO, 2019), a produção de cimento é responsável por 7% de todo o CO2 emitido na atmosfera pelo homem. Desta forma, é importante que sejam pesquisados e desenvolvidos materiais cimentícios alternativos.

Estudos de Caso