Trata-se de estratégias para informar os consumidores finais de energia em instalações industriais e edificações sobre boas práticas para conservação e gestão do uso da energia e os potenciais benefícios de sua adoção. Estas estratégias devem envolver ações de capacitação dos usuários finais, os tornando aptos, por exemplo, a identificar o impacto de medidas de eficientização energética. Podem, portanto, envolver treinamentos de funcionários de instalações industriais, ou mesmo de edificações comerciais e de serviços, que podem ser replicadores visando a redução do desperdício no consumo de energia em suas edificações residenciais. Idealmente, deve ocorrer a disseminação ampla dos resultados destas atividades por meio de planos de comunicação, que envolvam a elaboração de cartilhas, manuais e guias de eficiência energética, podem ampliar o engajamento setorial visando ao gerenciamento da energia pelo lado da demanda. Dentre os benefícios da redução do desperdício, o mais direto é a redução do gasto com energia e aumento da vida útil dos equipamentos, o que repercute no aumento da eficiência econômica de negócios, implicando ganhos de produtividade e competitividade, ou no aumento do bem-estar para as famílias em razão da poupança dos recursos que deixam de desperdiçar. Além disso, a informação leva os consumidores a considerarem as opções mais energeticamente eficientes em sua decisão de compra, guiando o mercado a oferecer alternativas cada vez mais eficientes. Boas práticas de gestão de energia também podem repercutir em ganhos de qualidade para a produção industrial e mesmo na redução de riscos operacionais em indústrias ou edificações. Em um escopo mais amplo, o aumento sistêmico da eficiência energética tem um potencial efeito de reduzir a necessidade de expansão da capacidade de oferta de energia, retardando a necessidade de grandes investimentos e do eventual uso de recursos energéticos fósseis complementares.