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ORGANIZACIONAL ou GESTÃO/MODELOS DE NEGÓCIO

Planejamento e implementação de política cicloviária

Planejamento e implementação de política cicloviária

Mobilidade

Mobilidade não-motorizada

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

Redução de viagens motorizadas.


A solução baseia-se na elaboração de planos diretores e implementação de ações com intuito de promover o uso da bicicleta em substituição ao transporte motorizado individual, concebidos de forma a promover um rede cicloviária ampla, segura e integrada. O planejamento requer a que se garanta espaço viário e infraestrutura apropriados para a circulação e guarda de bicicletas (estacionamentos), podendo prever sistema de oferta compartilhada de bicicletas e ações de comunicação e educação voltadas à comunidade. A priorização dos meios de transporte coletivo e não motorizados alinha-se com a visão de cidades sustentáveis, pois contribui para a redução dos níveis de poluição atmosférica e sonora, assim como congestionamento nas vias públicas.

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O Problema

Ao redor do mundo existem exemplos conhecidos de políticas públicas de caráter abrangente voltadas para a promoção da mobilidade ativa. As ações que colocam em destaque as cidades holandesas entre esses exemplos vêm da década de 1970. Na América Latina, o caso mais conhecido é o de Bogotá, que na década de 1990 incluiu a mobilidade por bicicleta como uma diretriz importante do planejamento urbano, elevando sua participação modal de 0,58% em 1996 para 9,10% em 2017 (ROSAS-SATIZÁBAL; RODRIGUEZ-VALENCIA, 2019). No Brasil, em um primeiro momento, o Rio de Janeiro se destacou ao implantar, em boa parte de sua orla, uma quantidade razoável de ciclovias para os padrões brasileiros. São Paulo ensaiou uma mudança de paradigma na mobilidade urbana ao implementar pela primeira vez uma política cicloviária sistemática, que incluía não só a implantação de infra-estrutura, mas também uma série de medidas para incentivar o uso e a integração com o transporte coletivo. Mais recentemente, Fortaleza, maior frota de automóveis entre os municípios nordestinos e a sétima maior do país (BRASIL, 2020), tem se destacado por suas ações voltadas para a implementação de uma política cicloviária integrada. Essa política inclui a elaboração de plano diretor específico voltado a bicicleta, a construção de infraestrutura (ciclovias, ciclofaixas, sinalização de ciclorrotas e estacionamentos), a oferta de serviços de compartilhamento de bicicletas e a promoção de campanhas de conscientização para o uso da bicicleta. Por isso, Fortaleza talvez seja atualmente a municipalidade em maior sintonia com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.857/12), que prioriza os veículos não motorizados sobre os motorizados e os serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado.

Estudos de Caso