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ORGANIZACIONAL ou GESTÃO/MODELOS DE NEGÓCIO

Plano de manejo de dunas frontais e áreas adjacentes

Plano de manejo de dunas frontais e áreas adjacentes

Soluções Baseadas na Natureza (NBS)

Mudança climática e resiliência

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução não contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

A solução aumenta a resiliência de cidades litorâneas às alterações climáticas. Trata, portanto, de adaptar áreas costeiras a eventos extremos, assim não resultando em redução de emissões de GEE.


Os Planos de manejo de dunas frontais e áreas adjacentes são uma solução de grande importância para redução de erosão e inundações em áreas costeiras. Nos planos são definidos os possíveis usos do ambiente ao longo do tempo e são traçadas estratégias de conservação, que geralmente incluem: conservação de dunas existentes, concedendo uma zona tampão entre as propriedades privadas e as áreas ativas de praia; e recuperação das dunas com distúrbios e controle das atividades recreativas (PORTZ et al., 2014a). Há diversas práticas de manejo que podem ser utilizadas para estabilização de dunas e praias, tais como: implantação de passarelas, esteiras, cercados e acesso funcional; uso de cobertura morta; sangradouros; plantio de vegetação; e lagoas de amortecimento (PORTZ et al., 2014b). O controle das atividades recreativas nas áreas de uso intensivo das praias pode ser realizado com a instalação de cercas na periferia do campo de dunas e construção de passarelas por cima das dunas ou estrados de madeira dispostos no solo arenoso. Além disso, recomenda-se a adoção de acesso funcional para atividades essenciais (como veículos oficiais em missão de salvamentos e resgates, limpeza de resíduos sólidos, fiscalização e montagem de quiosques temporários), o que geralmente é implantado em acesso consolidado de rua à praia, podendo ser limitado por cancela. Em áreas sem vegetação nativa, para reduzir a ação do vento e erosão das dunas, utiliza-se a técnica de cobertura morta, onde coloca-se galhos secos ou cascas de árvores sobre as dunas frontais. Para preservação das dunas, também são necessárias intervenções em áreas de sangradouros, que são cursos de água naturais de pequena escala formados devido às chuvas em regiões adjacentes à costa. Nessas áreas, a construção de galerias e tubulações por baixo do sistema de dunas auxiliam no escoamento pluvial e a criação e manutenção de lagoas de amortecimento, zonas de depressão criadas próximas às dunas frontais, auxiliam na diminuição do fluxo de águas pluviais direcionado à praia. Tais intervenções auxiliam na contenção de erosão na face de praia ou no sistema de dunas, que ocorrem em períodos de chuva intensa e ajudam a preservar a integridade das dunas em regiões com elevada taxa de urbanização. Ressalta-se que diferentes combinações de ações podem ser aplicadas de acordo com as características fisiográficas e geológicas das dunas e praias em recuperação (PORTZ et al., 2014b). A conservação e recuperação de dunas através dos planos de manejo é de grande importância para as cidades litorâneas, tendo em vista que traz diversos benefícios, como a diminuição da erosão, facilidades de acesso à praia, além do incentivo ao turismo local de longo prazo, tendo em vista que há preservação da beleza cênica dessas áreas.

Cidades litorâneas Plano de manejo Dunas frontais Áreas adjacentes

O Problema

Dunas e praias são atrações que influenciam o desenvolvimento residencial e recreacional, podendo haver impactos associados ao aumento dessas atividades. Com a expansão das cidades litorâneas, a população tem se instalado o mais próximo destes locais, modificando a vegetação e a estrutura deste ambiente. Algumas ações antrópicas colocam esses sistemas em risco, tais como: extração mineral ilegal de areias, construções irregulares, invasões e plantios de espécies exóticas, pisoteio excessivo, tráfego de veículos, parcelamento do solo, assentamentos irregulares, deposição de resíduos urbanos e industriais em áreas inapropriadas, despejo de esgoto e turismo desordenado (PORTZ, 2008; PORTZ et al., 2014b; SCUSSEL, 2012). O efeito combinado dessas ações antrópicas com as perturbações naturais, como o processo de erosão pelo vento, pela chuva e sangradouros, pode levar a uma perda da estabilidade e integridade da costa, alterando a paisagem e impactando as características do local. Dependendo da proximidade entre as dunas e regiões de moradias, a degradação dessas podem ter impactos negativos para a recreação e até mesmo perda de patrimônio residencial e/ou público. Dessa forma, plano de manejo de dunas frontais e áreas adjacentes é importante para diminuir os impactos antrópicos e naturais nesses sistemas, auxiliando na sua conservação e manutenção.

Estudos de Caso