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ORGANIZACIONAL ou GESTÃO/MODELOS DE NEGÓCIO

Plano de prevenção, monitoramento e controle de queimadas em áreas urbanas e periurbanas

Plano de prevenção, monitoramento e controle de queimadas em áreas urbanas e periurbanas

Soluções Baseadas na Natureza (NBS)

Mudança climática e resiliência

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

A adoção de planos de ação visando a prevenção, monitoramento e controle de queimadas em áreas urbanas e periurbanas mitiga, diretamente, a emissão de gases de efeito estufa.


O plano de prevenção, monitoramento e controle de queimadas em áreas urbanas e periurbanas deve contemplar ações para minimizar a ocorrência de queimadas, assim como as suas consequências, caso elas ocorram. Uma das principais ações para a prevenção de queimadas nas cidades é o mapeamento das áreas urbanas que potencialmente podem ser focos de queimadas, tais como terrenos desocupados e áreas de vegetação sem árvores entre ambientes construídos. Essas áreas possuem grande potencial para o desenvolvimento de queimadas, principalmente quando a vegetação no local cresce de forma desordenada (CALKIN et al., 2014). Nesse estágio de prevenção é necessário registrar os locais com essas características, cabendo notificar o proprietário da área sobre o risco de queimada associado ao seu estabelecimento. Após a notificação, pode-se aplicar uma multa caso o proprietário não cumpra a determinação de controlar a vegetação no seu estabelecimento. O monitoramento pode ser realizado a partir de fiscalização periódica aos locais de interesse, levando em conta o tamanho da vegetação da área, regime de chuva e umidade relativa do ar. Em áreas maiores, localizadas entre espaços construídos que fazem margem em estradas, viadutos, pontes e morros, podem ser instalados equipamentos de vigilância para identificar mais rapidamente o surgimento de um foco de queimadas e disponibilização em ambiente web das ocorrências de queimadas (MAZZIERO et al., 2019). Outro equipamento que pode aumentar a capacidade de monitoramento seriam os drones. Para o controle de queimadas, há algumas técnicas como a construção de aceiros, regras ou instalação de equipamentos para produzir gotejamento em locais de risco. Os aceiros são faixas ao longo das cercas ou entre as fronteiras de terremos onde a vegetação foi completamente eliminada da superfície do solo para prevenir a passagem do fogo entre as áreas de vegetação, evitando-se assim as queimadas e o alastramento delas (CURRAN et al., 2017). Os equipamentos de gotejamento são tubos instalados estrategicamente nas áreas de riscos para gotejar água, assim como aumentar a umidade da vegetação em locais propícios às queimadas. Drones podem auxiliar no controle de queimadas, sendo utilizados para direcionar as ações das equipes que estão trabalhando no controle de queimadas, ou ainda combater diretamente as queimadas. Por exemplo, a tecnologia IGNIS consiste no uso de drones para combater queimadas e incêndios. Essa tecnologia carrega ignições de permanganato de potássio em formato de bola de pingue-pongue, que podem ser lançadas ao solo. Esse sistema fornece controle sobre onde e como iniciou-se o incêndio, facilitando o controle das queimadas. Tal sistema pode ser programado para voos manuais ou automatizados, utilizando o aplicativo IGNIS para definir uma série de pontos de passagem (CUNHA e STURM, 2019; GRANEMANN e BUENO, 2020). Essa solução contribui para a melhora da qualidade do ar do ambiente urbano, reduzindo os efeitos negativos de períodos de secas sobre a saúde da população, e riscos materiais e humanos (CUNHA e STURM, 2019).

Queimadas Áreas urbanas e periurbanas Planos de ação

O Problema

A ocorrência de queimadas em áreas urbanas e periurbanas está cada mais frequente, principalmente nas estações mais secas do ano. Pode-se destacar dois fatores mais diretamente relacionados a isso. O primeiro é o comportamento das pessoas, que buscam eliminar problemas como o descarte do lixo e a limpeza de lotes simplesmente queimando o lixo e ateando fogo nas áreas urbanas com vegetação indesejada. O outro fator está relacionado com os efeitos de mudanças climáticas. Períodos de estiagem cada vez maiores podem ser observados nas cidades e com maior frequência. O ar e solo mais secos criam condições propícias às queimadas. Como consequência, as queimadas contribuem para a não manutenção adequada do microclima local, dizimam a cobertura vegetal, reduzem a qualidade do solo urbano, provocam problemas de saúde para a população, principalmente respiratórios, diminuem a biodiversidade, poluem os recursos hídricos e causam prejuízos econômicos (MACHADO et al., 2014; GANTEAUME et al., 2021).

Estudos de Caso