Soluções
Solução aplicável em:
Cidades de pequeno porte
Cidades de médio porte
Cidades de grande porte
Solução aplicável nas regiões:
Nível de maturidade da solução
Ideação e pesquisa
Aplicada em escala piloto
Disponível comercialmente e aplicada
Amplamente disseminada
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tipo de Investimento
Informação indisponível
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
A solução contribui para a coleta, reciclagem e recuperação dos resíduos eletroeletrônicos, e com a redução da emissão de GEE. Estes resíduos contêm metais pesados, substâncias químicas altamente tóxicas se destinadas incorretamente ao meio ambiente. Não devem ser enviadas ao aterro sanitário, precisam ser tratadas em locais específicos que façam o seu desmonte e reciclagem, com pessoas treinadas a manuseá-las, para que não haja riscos a integridade física.
A solução proposta abrange os serviços e programas que atuam para viabilizar a recuperação dos resíduos eletroeletrônicos. Segundo o Instituto Brasileiro de Ecotecnologia (IBE, 2010), estes resíduos abarcam “[...] partes, peças, componentes ou resíduos da indústria mineral e de equipamentos de informática, incluídos a informação neles armazenada e os aparelhos eletrodomésticos e eletroeletrônicos”. Os equipamentos eletroeletrônicos quando apresentam algum defeito ou pelo desejo de seu proprietário em adquirir um novo substituto são descartados, porém em muitos casos o produto após conserto poderia ser novamente reutilizado. No entanto, mesmo após o descarte continua sendo um resíduo com alto valor agregado caso seja tratado da maneira correta. Por ser tratar de um resíduo perigoso é preciso ter uma coleta e tratamento diferenciados, possibilitando com que sejam recuperados e reciclados aumentando o seu tempo de uso. Desta maneira, a solução promove a eficiência econômica, na medida em pode prolongar a vida útil dos eletroeletrônicos; gera empregos e renda associados à coleta dos resíduos; e mitiga potenciais impactos ambientais, como o é o caso da contaminação de cursos d'água por resíduos químicos.
O Problema
O Brasil é o sétimo maior produtor de resíduo eletroeletrônico no mundo, ao todo são gerados 1,5 milhão de toneladas por ano (O Globo, 2019). Os resíduos eletroeletrônicos contêm substâncias químicas com alto grau de periculosidade ao meio ambiente se descartadas indevidamente e a saúde dos seres vivos em geral quando em contato de maneira indevida com tais elementos. Em uma sociedade caracterizada como hiperconsumista, parafraseando o filósofo Zygmunt Bauman (2008), e altamente tecnológica a oferta de novos produtos eletroeletrônicos é constante. Aliada a ideia da obsolescência programada, que acaba sendo a força motriz que sustenta a oferta, os produtos já são desenhados para durar um certo tempo de uso. Após um determinado período começa a apresentar ao consumidor uma perda de suas funcionalidades. Isto faz com que haja uma rápida substituição do produto. A gestão destes resíduos é ainda mais complexa, pelo seu grau de periculosidade. Não há por parte da iniciativa pública programas universais que enderecem devidamente este tema, promovendo a coleta e reciclagem dos resíduos. As soluções existentes ficam mais sob a iniciativa do setor privado. Na própria Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a obrigatoriedade da implementação da logística reversa dos resíduos eletroeletrônicos recaem sob a alçada dos fabricantes, distribuidores e varejistas, que devem garantir o investimento em programas voltados a recuperação destes resíduos.
Compartilhe: