Soluções
Solução aplicável em:
Cidades de pequeno porte
Cidades de médio porte
Cidades de grande porte
Solução aplicável nas regiões:
Nível de maturidade da solução
Ideação e pesquisa
Aplicada em escala piloto
Disponível comercialmente e aplicada
Amplamente disseminada
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tipo de Investimento
Informação indisponível
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
Contribui por meio da diminuição de resíduos da construção civil no meio ambiente, assim como redução no consumo de cimento e energia para a produção do concreto convencional.
A incorporação de Resíduos da Construção e Demolição (RCD) na fabricação de novos materiais resulta em benefícios ambientais, uma vez que se reduz a quantidade de resíduos dispostos no meio ambiente; benefícios econômicos, já que a utilização deste resíduo gera uma nova gama de indústria para beneficiamento; e novas oportunidades de emprego, além de reduzir o consumo de cimento e de energia à esta produção. Segundo a NBR 15.114, os resíduos da construção podem ser divididos em quatro classes: i) classe A, trata dos resíduos que são possíveis de serem reutilizados ou reciclados como agregados, como blocos, concreto, argamassa, etc; ii) a classe B contempla os resíduos que podem ser reciclados por outras indústrias, como plásticos e papel; iii) a classe C abrange os resíduos que ainda não apresentam potencial de serem reutilizados como gesso; e iv) a classe D trata dos resíduos considerados perigosos ou prejudiciais para saúde humana. Ao ser empregado como agregados reciclados em novos materiais de construção (concretos ou argamassas), o RCD influencia nas propriedades destes materiais, tanto no estado fresco quanto no estado endurecido. A incorporação dos agregados de RCD tende a aumentar a porosidade e permeabilidade do concreto, o que reduz sua resistência. Porém, estudos recentes mostram que existem diversos tratamentos que podem ser feitos nos agregados anteriormente à sua incorporação na matriz que minimizam esses efeitos adversos e permitem a produção de concretos com RCD para uso estrutural (SALGADO; SILVA, 2022). Um exemplo, é o estudo realizado por Andrade (2018) que concluiu que é possível a utilização de agregados miúdos reciclados de concreto, em diferentes teores na produção, tanto de concretos de resistência normal, quanto de alta resistência, sem prejuízo no desempenho mecânico. Desta forma, já se sabe que o uso de RCD para uso estrutural em edificações tem um grande potencial técnico. Contudo, ainda existem desafios logísticos relacionados à cadeia de suprimentos, aceitação dos agentes da construção, formulação de normas técnicas, entre outros.
O Problema
A elevada demanda por novas construções nos últimos anos, principalmente nos países em desenvolvimento, é acompanhada de aumento do consumo de concreto e, consequentemente, aumento do consumo de agregados naturais (areia e brita), resultando em diversos impactos ambientais desta excessiva extração. Além disso, a indústria da construção civil também é responsável por um elevado impacto ambiental, tanto pela emissão de CO2 vinda, principalmente, da fabricação do cimento, quanto da quantidade de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) que são gerados. Estes resíduos podem ser provenientes de construções, reformas, reparos e demolições. Assim, este material é normalmente disposto de maneira inadequada gerando diversos impactos ambientais e sociais (ANDRADE, 2018; SALGADO; SILVA, 2022).
Compartilhe: