O tratamento de água de abastecimento pode ser definido como o conjunto de processos e operações realizados com a finalidade de adequar as características físico-químicas e biológicas da água bruta. Dentre as técnicas de tratamento de água mais utilizadas no Brasil, a grande maioria das estações de tratamento constituem em sistemas convencionais. Sistemas convencionais incluem coagulação, floculação, decantação e filtração. A Filtração Direta é considerada uma tecnologia não convencional. Nas Estações de Tratamento de Água (ETA), os filtros são as únicas unidades responsáveis pela retenção do material em suspensão presente na água, enquanto nas ETAs de ciclo completo eles retém parte do material não removido nos decantadores ou flotadores. Vale destacar que a filtração direta pode ser ascendente e descendente, a depender da característica da água bruta a ser tratada e o meio filtrante utilizado. A filtração direta apresenta diversas vantagens em relação ao tratamento convencional. A primeira é o menor número de unidades envolvidas, já que o tratamento convencional é constituído por unidades de mistura rápida e coagulação, floculação, decantação e filtração, enquanto a filtração direta apresenta apenas as unidades de coagulação, floculação e filtração. Outra vantagem é o menor consumo de produtos químicos durante o processo de tratamento. Essas vantagens, além de facilitarem a operação e a manutenção, geram grande economia de recursos, já que a infraestrutura a ser construída e mantida será mais simples. Além disso, haverá redução na quantidade de produtos químicos e, portanto, menor geração de lodo.