Soluções
Solução aplicável em:
Cidades de pequeno porte
Cidades de médio porte
Cidades de grande porte
Solução aplicável nas regiões:
Nível de maturidade da solução
Ideação e pesquisa
Aplicada em escala piloto
Disponível comercialmente e aplicada
Amplamente disseminada
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tipo de Investimento
Informação indisponível
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
A implantação das técnicas de gestão integrada do saneamento tem como benefícios a redução na demanda por água potável e a geração de efluentes. Consequentemente, diminui a carga a ser potencialmente processada em Estações de Tratamento de Água e Esgoto, que consomem energia e emitem gases poluentes, diretamente ou indiretamente, nessa atividade.
O processo de integração do planejamento urbano com a gestão, a proteção e a conservação do ciclo de água devem assegurar que o consumo obedeça ao seu ciclo hidrológico natural (EPA, 2000). Neste sentido, pressupõe-se a criação de sistemas que possibilitem a segurança do abastecimento de água, a coleta de esgoto e sistemas que ofereçam resiliência a enchentes e alagamentos. Porém, para que esses sistemas sejam criados, é essencial o gerenciamento integrado das águas, ou seja, a integração da gestão do abastecimento de água, das águas residuárias e das águas pluviais. A gestão integrada das águas pode ser realizada por meio de diferentes técnicas, dentre as quais pode-se destacar: i) o LID (Low Impact Development), que consiste no resgate das características naturais do ciclo hidrológico, enquanto agrega valor à própria cidade; ii) os SUDS (Sustainable Urban Drainage Systems), que tem por objetivo desenvolver melhorias no desenho urbano e na gestão de riscos ambientais; iii) o WSUD (Water Sensitive Urban Design), que busca mitigar ao máximo os impactos da urbanização e aproveitar todo o potencial da água na paisagem e na vida urbana; e as iv) BMP (Best Management Practices), que representam um conjunto de ações a ser implementadas na bacia com o objetivo de atenuar os impactos da urbanização, buscando reduzir a quantidade de água lançada no corpo receptor através da infiltração, assim como melhorias na qualidade dessas águas. Em termos operacionais, cumpre ressaltar que as técnicas devem ser compreendidas como ações a serem implementadas em conjunto, idealmente, em uma estratégia integrada de planejamento urbano. Esta, por sua vez, deve contemplar instrumentos municipais, tais como Planos diretores, Plano de Saneamento, Plano de Bacia Hidrográfica, entre outros. Cada uma dessas técnicas tem suas especificidades. Porém, dentre os benefícios da gestão integrada da água, tem-se: i) redução na demanda por água potável; ii) redução na geração de efluentes e seu tratamento antes de serem lançados nos corpos d’água receptores; iii) restauração ou preservação do regime hidrológico natural das bacias hidrográficas; iv) manutenção do corpo hídrico despoluído; entre outros.
O Problema
Ao longo dos anos, o desenvolvimento urbano no Brasil pouco se atentou para a gestão das águas, o que inclui a água para consumo, residual (esgoto) e pluvial. Consequentemente, isto acarretou: i) em estresse e escassez de água; ii) no elevado nível de perdas na rede após o tratamento das águas; e iii) no aumento da frequência de enchentes e alagamento devido à ausência de área verdes e permeáveis. Diante dessa problemática, faz-se necessário um processo de integração do planejamento urbano com a gestão, a proteção e a conservação do ciclo de água, para o qual a integração da gestão do abastecimento de água, das águas residuárias e das águas pluviais é fundamental.
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