Soluções
Solução aplicável em:
Cidades de pequeno porte
Cidades de médio porte
Cidades de grande porte
Solução aplicável nas regiões:
Nível de maturidade da solução
Ideação e pesquisa
Aplicada em escala piloto
Disponível comercialmente e aplicada
Amplamente disseminada
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tipo de Investimento
Informação indisponível
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
No Brasil, as edificações comerciais e corporativas geralmente possuem grandes peles de vidro em suas fachadas. Para manter a iluminação artificial e refrigeração desses empreendimentos consome-se bastante energia elétrica. Cerca de um quarto do consumo de energia de empreendimentos deste porte são destinados à iluminação e sistemas de ar condicionado, demonstrando que, para alcançar um conforto térmico e lumínico, exige-se uma demanda de energia alta, principalmente em edificações nas quais o conceito arquitetônico envolve fachadas envidraçadas sem o devido tratamento. Esses prédios tornam-se, portanto, enormes consumidores de energia elétrica, sem preocupar-se com a cadeia produtiva da energia elétrica, a qual muitas vezes envolve queimas de combustíveis fósseis na geração energética.
Uma vez construída a edificação, sua pegada de carbono é provocada principalmente pela necessidade de aquecimento e resfriamento. O chamado envelope - paredes externas, pisos, telhados, tetos, janelas e portas - é o local onde as tecnologias de aquecimento e refrigeração estão envolvidas. Em uma edificação típica, isso pode representar cerca de um terço de seu consumo total de energia. As janelas são um componente importante desses envelopes e, de fato, estão na vanguarda da tecnologia de isolamento há muitos anos. Devido à crescente demanda em climas mais quentes para a construção de envelopes que possam resfriar, ao invés de aquecer edifícios, são necessárias soluções mais sustentáveis para atender à crescente demanda de energia. Há uma tendência crescente no uso de janelas para usos inteligentes e sustentáveis, que utilizam materiais orgânicos, plasmons e filmes de hidrogel. Nas janelas usadas em edificações com certificação de sustentabilidade, vêm crescendo o uso de películas de baixa emissividade, conhecidas como Low Emissivity ou, simplesmente, Low-e. A película consiste em filmes de óxido metálico, geralmente prata, quase transparente, no qual se aplica sobre a superfície do vidro, formando uma camada extra que reduz a transferência de calor por meio da condução térmica e radiação. A avaliação das diferentes películas disponíveis no mercado ocorre por meio da sua característica de emissividade, isto é, a propriedade física que qualquer material tem de transmitir a energia recebida. Nas janelas, quanto menor a emissividade melhor será o desempenho térmico da película. Assim, vidros Low-e com valores menores que 0,35 já são considerados eficientes, visto que um vidro sem aplicação do material possui um índice médio de 0,89 de emissividade.
O Problema
As superfícies transparentes são elementos que geralmente permitem um alto fluxo de calor, tornando-se mais vulneráveis, principalmente em regiões de grande insolação, como no Brasil, devido à característica de transmitir diretamente a radiação solar incidente para o interior das edificações e de causar o efeito estufa, responsável pela elevação da temperatura interna. Pode-se evitar esse efeito com a utilização de vidros com melhores propriedades refletivas e desempenho térmico. Acredita-se que metade da demanda energética do sistema de refrigeração de edificações comerciais possa ser eliminada com adequações relativamente simples dos sistemas de fachadas (MACEDO FILHO, 1999). Além disso, as superfícies transparentes também transmitem, juntamente com o calor, luz para o ambiente interno. Há necessidade de balanceamento entre esses dois fatores distintos, para assegurar condições adequadas tanto de conforto térmico quanto visual (CASTRO, 2006).
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