Com a crescente expansão das cidades e o aumento da população, a previsão é que mais pessoas utilizem os sistemas de transporte, em especial individuais, como carros e motos. A superlotação viária, por sua vez, traz efeitos colaterais como congestionamentos intermináveis, espaços públicos tomados por carros, poluição atmosférica e ruídos. 

Em meio ao desafio de encontrar soluções, a implementação de “Zonas Livres de Carros” surge como uma estratégia eficiente e sustentável. Esta solução se caracteriza pela proibição, total ou parcial, de circulação e estacionamento de veículos motorizados em áreas urbanas delimitadas, especialmente nos centros urbanos. O objetivo é priorizar os deslocamentos não motorizados e, em alguns casos, também o transporte público. 

Cidades ao redor do mundo têm adotado essa abordagem, transformando áreas centrais em espaços mais receptivos para pedestres e ciclistas. No Brasil, um exemplo foi o fechamento permanente da Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, onde a proibição de veículos deu lugar a um sistema de transporte sobre trilhos eletrificados e proporcionou a revitalização da região. 

Além de melhorar a mobilidade e transformar a área em um espaço mais limpo e agradável, a aplicação de Zonas Livres de Carros promove a redução da poluição e do ruído local, beneficiando diretamente a saúde pública. Isso porque a poluição gerada pelos veículos, por meio do monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e material particulado, está intimamente ligada ao desenvolvimento de doenças e mortes prematuras em todo o mundo.

Ainda, a criação de espaços para pedestres, ciclistas e áreas verdes promove uma melhor qualidade de vida urbana, e a restrição à circulação de veículos privados estimula o comércio local e incentiva a adoção de modos de transporte mais sustentáveis. Assim, as Zonas Livres de Carros reduzem as emissões de gases de efeito estufa, ao mesmo tempo em que promovem uma mobilidade urbana mais equitativa e sustentável. 

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Por: Ana Luiza Moraes