Artigo Soluções

ORGANIZACIONAL ou GESTÃO/MODELOS DE NEGÓCIO

Zona livre de carros

Zona livre de carros

Mobilidade

Descarbonização do transporte

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

Ao diminuir o número de veículos movidos à queima de combustíveis fósseis.


Essa solução é baseada em medidas para restringir total ou parcialmente a circulação e o estacionamento de veículos motorizados em áreas delimitadas da cidade - geralmente em áreas centrais. Neste modelo, a proibição tem como principal alvo os veículos particulares/privados, podendo ser permitido a circulação de transportes coletivos ou não. Diversas cidades tem implementado políticas visando reduzir as zonas de circulação de carros particulares em certas regiões. Por toda a Europa e nos EUA podem ser notadas regiões dos seus grandes centros que foram transformadas com essa medida. No Brasil, tem-se como exemplo a cidade do Rio de Janeiro, onde uma importante via do centro da cidade, a Av. Rio Branco, foi revitalizada para dar lugar novamente aos pedestres. Nela, foi eliminada a circulação de veículos e de caminhões, sendo instalado um sistema de transporte sobre trilhos eletrificados, o VLT. Os benefícios da adoção desse tipo de solução são a redução significativa de poluentes atmosféricos relacionados aos veículos, redução do nível de ruídos e da temperatura local. Como exemplo, mediu-se a redução de 40% de oxido nitroso no ar em dias de proibição de circulação de veículos. A solução tende a reduzir o nível de mortalidade prematura por acidente ou doença adquirida. Adicionalmente, com a eliminação dos veículos em circulação se permite eliminar os espaços destinados para estacionamento e assim, podem ser criados mais espaços de recreação, circulação de veículos não motorizados, além da criação de jardins urbanos. Essa solução deve ser criada em conjunto com um novo planejamento de mobilidade em vias paralelas. Onde foi aplicada, foi notado um retorno dos pedestres às ruas, o que consequentemente incentiva a criação e manutenção dos comércios locais.

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O Problema

O crescimento das cidades no último século se deu principalmente baseado no transporte individual motorizado, como os carros. Porém, esse modelo começou se mostrar insustentável ao longo do tempo devido ao crescimento exacerbado do trânsito e como consequência todo o impacto causado por ele. Atualmente, é comum se encontrar ruas de grandes centros com congestionamentos e com seus estacionamentos ocupados por todo o dia. Como consequência, temos um aumento da poluição local, aumento da temperatura das ruas, aumento no nível de ruídos e por fim, o espaço público passa a não cumprir a sua função proposta que seria a de mobilidade das pessoas. Veículos motorizados emitem grande quantidade de poluentes, como o monóxido de carbono, gás carbônico, óxidos de enxofre e nitrogênio, além dos materiais particulados emitidos e os colocados em suspensão no ar pelo movimento de veículos. Estes elementos estão diretamente relacionados ao desenvolvimento de doenças e com mortalidades prematuras pelo mundo. Porém, na situação de congestionamentos urbanos, existe o agravante das pessoas estarem circulando próximas aos veículos, em um ambiente com menor circulação do ar atmosférico e assim a densidade dos poluentes se eleva de forma considerável. Adicionalmente, a presença de grande quantidade de veículos motorizados aumenta a temperatura do ambiente em seu entorno, devido à geração de calor dos motores, deteriorando as condições do meio para os pedestres. Além disso, a presença de veículos e pessoas disputando espaço são conhecidos causadores de acidente. Nesse contexto, medidas de restrição à circulação tem cumprido papel complementar à oferta de transporte de massa e na melhoria da mobilidade de ambientes urbanos.