Soluções em Foco #8: Agricultura Urbana
Soluções em Foco #8: Agricultura Urbana
26/06/2024
Atualizado em 26/06/2024 | por Equipe OICS
A urbanização é uma realidade, e a tendência é que as cidades cresçam cada vez mais rápido. Por um lado, esse desenvolvimento traz consigo oportunidades sociais, econômicas e tecnológicas; mas por outro, a questão ambiental tem sido motivo de preocupação. Notícias sobre fenômenos climáticos, falta de infraestrutura adequada e escassez de espaços públicos nos deixam sobrecarregados e com muitas perguntas. Diante dessa realidade que nós mesmos criamos e que parece estar aqui para ficar, como podemos mitigar os danos ambientais e sociais resultantes das nossas escolhas?
A resposta está em algum lugar que viabilize a aplicação prática de alternativas e reformas que podem, pouco a pouco, mudar nossa relação com o meio ambiente, ao mesmo tempo que consideramos a realidade do nosso país, em termos territoriais e culturais. É com esse papel que surge a agricultura urbana, uma solução que traz para as cidades a possibilidade de autonomia e subsistência, transformando espaços urbanos negligenciados em áreas férteis para a regeneração ambiental e o fortalecimento das comunidades.
A agricultura urbana pode ser desenvolvida tanto no interior da cidade quanto nos subúrbios e áreas periurbanas. Existem diferentes formas de implementá-la, desde a produção de legumes e verduras até o manejo de animais de pequeno porte, como aves e pequenos ruminantes. Também é possível criar grandes canteiros produtivos, plantar árvores frutíferas, mudas de plantas e outros alimentos em espaços maiores.
Um exemplo bem-sucedido da inserção da agricultura urbana foi a criação da primeira fazenda urbana do Brasil, no bairro do Cajuru, em Curitiba/PR. Em um espaço de 4.435 m², a fazenda oferece uma variedade de recursos, como hortas comunitárias, composteiras, estufas de mudas, caixas de abelha nativas sem ferrão, espaços para a criação de pequenos animais, um restaurante escola, banco de alimentos e canteiros de plantas alimentícias não convencionais.
Além de seu impacto na segurança alimentar e na saúde pública, a agricultura urbana possui um importante papel na diversificação da geração de renda da população urbana. Ao transformar terrenos ociosos em espaços produtivos, ela estimula a economia local e fortalece os laços comunitários. Por fim, ao absorver gases do efeito estufa e regular a temperatura ambiente, essa prática contribui para a mitigação dos efeitos adversos das mudanças climáticas, incentivando a construção de um ambiente urbano mais saudável.
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Por: Ana Luiza Moraes