A agricultura urbana pode ser desenvolvida, prioritariamente, em espaços dedicados e pensados para a prática da agricultura e da pecuária. Contudo, o desenvolvimento dessa atividade poderia ocorrer em áreas maiores que se encontram em desuso ou degradadas, o que possibilitaria a diversificação econômica e a recuperação do solo. Com isso, essa atividade poderia ser localizada tanto dentro da cidade, quanto em subúrbios e áreas periurbanas. A solução pode se apresentar na forma de propriedades que possam desenvolver produção hidropônica de legumes e verduras e manejo de animais de menor porte, como aves e pequenos ruminantes. A agricultura urbana também pode ser realizada em espaços maiores dedicados a grandes canteiros produtivos, plantação de árvores frutíferas, mudas de plantas e outros alimentos. Essa solução pode utilizar águas de reuso para irrigação, assim preservando nascentes. Vale destacar ainda o potencial de que a produção advinda dessa agricultura seja orgânica, o que contribuiria para incentivar o consumo de produtos mais saudáveis. Ainda, a solução possui o potencial de diversificar a matriz de geração de renda da população das cidades. Finalmente, a presença da agricultura no ambiente urbano contribui para a regulação térmica no ambiente urbano ao reduzir os efeitos de ilhas de calor por ser um espaço não concretado e absorver gases causadores do efeito estufa, melhorando a qualidade do ar.