Estudos
Alagados Construídos e Projeto Regenerativo - Parque Houtan, Xangai - China
Soluções Baseadas na Natureza (NBS)
Alagados construídos
China
Xangai()
Este estudo de caso tem como referência o projeto regenerativo do rio Huangpu em Shangai, na China, com a construção do parque Houtan. Vale destacar que o projeto foi elaborado para a Expo 2010 Shanghai-China, que foi a primeira feira mundial da China e a maior da história em tamanho. O parque possui um total de 14 hectares, 1,7 Km de extensão, com larguras que variam de 30 a 80 metros. O objetivo principal do parque é filtrar as águas do poluído rio por meio de alagados construídos, de modo a oferecer serviços ecossistêmicos que sejam produtivos, reguladores, vivos e aproveitado pelas pessoas. O parque foi concebido para ser uma “máquina de águas”, com alagados construídos em sequência variando entre 5 a 30 metros. Os alagados foram construídos em terraços que cascateiam de modo a reduzir a energia das águas e dar tempo de filtrá-las. Deste modo, as águas entram poluídas e passam pelos 11 tanques que formam as áreas alagadas e que são margeadas por vegetação filtrante, passando pelo processo de fitodepuração, saindo portanto limpas no final do processo. O projeto objetivou também o controle de inundações e, para tanto, foram reconstruídos muros de modo a evitar que as águas passem para as áreas urbanizadas. As estruturas existentes da antiga área industrial foram mantidas para celebrar a memória e a história, com espaços seguros e agradáveis. Nas áreas de plantio foram introduzidas espécies alimentícias tais como o milho, arroz, girassol e trigo sarraceno (ASLA, 2010).
Custo para Implementação
Informação não disponível
Não foi identificado.
Desafios
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O Parque Houtan foi construído com material de demolição e aproveitamento das estruturas existentes.
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A solução transformou a área degradada em paisagem de alto desempenho ecológico,social.
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O sistema de alagados construídos filtra as águas e o projeto possibilitou que as pessoas tenham acesso ao rio.
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Restabeleceu o ciclo natural das águas com solução baseada na natureza.
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O projeto possibilita o uso da água de forma eficiente, filtrando os contaminantes.
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A água que flui pelo sistema é reutilizada no próprio complexo e na irrigação.
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O projeto foi feito para evitar inundações em áreas urbanizadas.
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O parque dá resiliência à área urbanizada por conta dos serviços ecossistêmicos que oferece.
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O sistema de alagados construídos filtra as águas, e a vegetação filtra o ar.
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O parque proporciona melhor qualidade de vida, contato com a natureza e a produção de alimentos.
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O parque provê inúmeros serviços ecossistêmicos.
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É uma nova área verde que anteriormente era uma zona degradada.
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Possibilitou uma transformação radical na paisagem urbana.
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Os conhecimentos gerados pelo projeto de alagados construídos foram empregados em outros parques, gerando conhecimento e educação ecológica que contribuem para o desenvolvimento sustentável da região.
Contexto
Xangai é uma das cidades mais importantes e industrializadas da China e, com isso, a poluição do ar e águas se tornou um problema para a saúde da cidade e seus habitantes. A exposição de 2010 teve como o tema “Cidade Melhor – Vida Melhor” ("Better City – Better Life") e teve 73 milhões de visitantes. Vale destacar que a exposição foi uma oportunidade para introduzir um ótimo exemplo de solução baseada na natureza de forma inovadora e que contribuiu para a despoluição das águas do rio Huangpu. O local possui cerca de 14 hectares e é uma estreita faixa ao longo do rio que estava degradada e contaminada por ter sido além de uma siderúrgica, mas também um cais do porto, e posteriormente foi usada como bota-fora de resíduos industriais e de construção civil. Assim, a água do Rio Huangpu tinha a pior avaliação de qualidade do país e foi por muito tempo considerada como área sem vida aquática e inadequada para contato ou recreação humana. Outro problema da região era as constantes inundações dadas pelas flutuações diárias do rio. A flutuação diária do nível do rio é de 2,1 metros, o que trazia contaminação e sedimentos tornando a área ainda mais inacessível (ASLA, 2010).
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