Artigo Estudos de Caso

Biopolímero de casca de laranja - Feel The Peel

Metodologia

Saneamento Ambiental - RESÍDUOS SÓLIDOS

Embalagens de biopolímeros

Itália

Rimini()

A parceria entre duas empresas, a CRA - Carlo Ratti Associados e a Eni - Ente Nazionale Idrocarburi de energia, criou uma máquina experimental, um protótipo chamado Feel The Peel que extrai suco de laranjas e ainda produz um bioplástico a partir das cascas com a impressão 3D de copos.

Custo para Implementação

Informação não disponível

Desafios

  • Utilização de resíduo agrícola para produção de biopolímero.

Motivação

Além de utilizar um resíduo agrícola que são as cascas de laranja para a confecção de copos, a máquina tem como propósito evidenciar em tempo real aos consumidores este processo, fazendo com que as pessoas percebam que é possível poluir menos, ou ainda que há empresas preocupadas com a preservação ambiental, principalmente na questão da geração de resíduos, minimizando os grandes volumes descartados em aterros sanitários. Produzir em tempo real suco de laranja e os copos a partir do seu resíduo gerado é um forte apelo e um instrumento didático.

Contexto

Em Rimini, na Itália em 2019, onde a máquina foi criada, a união das duas empresas é um exemplo prático de Economia Circular. A circularidade é uma preocupação constante na Europa e é muito debatida em função dos seus recursos finitos. A solução apresentada contribui com este contexto pois a maioria dos países europeus já adotam medidas preventivas de geração de resíduos e com isso muitos negócios se estabelecem a partir destas demandas. A comunidade europeia estima que 8% dos volumes de negócios, cerca de 170.000 empregos estejam ligados à gestão de resíduos, fortalecendo iniciativas de preocupação ambiental. Segundo o COM - Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comitê Econômico e Social Europeu e ao Comitê das Regiões (2015) “A economia circular impulsionará a competitividade da Comunidade Europeia ao proteger as empresas contra a escassez dos recursos e a volatilidade dos preços, ajudando a criar novas oportunidades empresariais e formas inovadoras e mais eficientes de produzir e consumir.” Contribuindo para esta questão, a utilização de bioplásticos ainda é tímida, mas vem crescendo nos últimos anos. Segundo o European Bioplastics, 2018 houve um crescimento de 50% que equivale a mais de 4 milhões de toneladas por ano. Já o processo de impressão 3D vem contribuindo cada vez mais para a redução de resíduos, pois com esta tecnologia é possível prototipar equipamentos e peças com as mesmas características e funcionalidades a partir de materiais alternativos e menos impactantes.