Artigo Estudos de Caso

Praça Victor Civita

Metodologia

Ambiente Construído

Tec Garden: Sistema de Irrigação por capilaridade

Brasil

São Paulo(SP)

O projeto da Praça Victor Civita surge como uma intervenção piloto do sistema Tecgarden. O local, situado no bairro Pinheiros em São Paulo, era um depósito de lixo com um edifício que abrigava um incinerador. Devido ao antigo uso, o solo é contaminado; por isso, a solução do piso elevado foi a mais adequada. Os jardins projetados em sistema Tecgarden foram construídos sobre uma estrutura que isola o solo original do terreno e a irrigação se dá por capilaridade. O material utilizado na estrutura e nas placas é o polipropileno proveniente de plástico descartado na produção da placa de piso elevado, que é 100% reciclável. O processo reduz a demanda por matéria prima virgem e minimiza o descarte de resíduos industriais no meio ambiente, uma vez que o material plástico vem do reaproveitamento e não de uma produção primária e poluente com a queima da matéria prima. A recuperação de área degradada teve como objetivo também promover a educação ambiental. O programa inclui uma arena coberta para shows e apresentações culturais, arquibancada para 240 pessoas, banheiros, centro da terceira idade, oficinas para crianças, playground, espaço para ginástica, jardins suspensos e decks, além do Museu da Sustentabilidade.

Custo para Implementação

Informação não disponível

O custo da revitalização foi dividido entre o Banco Itaú, a Petrobras, a construtora Even e a Editora Abril, empresa fundada por Victor Civita (1907-1990) em 1950. A praça é o primeiro projeto do Instituto Abril, criado em 2007 com o objetivo de estimular ações ligadas à cultura, ambiente e cidadania. O instituto divide a realização do projeto com a Prefeitura de São Paulo. O total gasto na projeto da Praça foi de 10 milhões de reais (Revista Veja, 2008).

Desafios

  • A praça Victor Civita incentiva a transição para fontes de energia limpas, a diminuição da poluição, a preservação de recursos não renováveis e faz uso de outras tecnologias limpas, livres de emissões de carbono que economizam energia e água de rega. O projeto vem sendo implementado com o objetivo de projetar cidades mais eficientes para evitar os efeitos das mudanças climáticas.

Contexto

A proposta da Praça Victor Civita era de revitalizar uma área ambientalmente degradada e insalubre que, entre os anos de 1949 e 1989, funcionou como depósito de lixo e abrigava um edifício de incineração de resíduos domiciliares e hospitalares que depositava as cinzas dos resíduos no próprio solo, deixando a área contaminada com dioxinas, furanos e metais pesados. Após a desativação do incinerador, o local foi ocupado por cooperativas de reciclagem, onde ficaram até o ano de 2006. Os estudos da área apontaram a impossibilidade de contato humano com o solo, a não ser que grande parte do solo fosse substituído. A solução foi acrescentar 50 cm de solo sadio em todo o terreno, isolar os pontos considerados perigosos e construir superfícies de proteção. Assim o projeto da Praça Victor Civita se dá sobre grandes decks elevados de madeira legalizada de espécies brasileiras (o ipê, a garapa e a sucupira) com laje alveolar que garante que os usuários não tenham contato com o solo contaminado.