Estudos
Residência Estudantil da UniCamp
Ambiente Construído
Construção com Pré-fabricados Cerâmicos
Brasil
São Paulo(SP)
A residência estudantil da Universidade Estadual de Campinas foi construída em 1992 e projetada, principalmente, pelo arquiteto espanhol Joan Villà, após acatar à demanda de habitação dos estudantes universitários. O conjunto residencial foi implantado a 2 km do campus universitário, em um terreno de ligeira inclinação - o que permitiu a implantação da habitação em módulos escalonados de acordo com a topografia. Os módulos são agrupados, formando várias células de residências que compõem quadrículas de 90 x 90 metros; essas “quadras” são delimitadas por ruas de pedestres e ruas de veículos e todas possuem um pátio interno, destinado ao convívio comunitário e dividido em duas praças - uma praça alta e uma praça baixa -, devido à declividade do terreno. Os módulos foram todos realizados em Construção com Pré-fabricados Cerâmicos (CPC), ou seja, em painéis construídos com tijolos cerâmicos armados, devido à pesquisa realizada pelo arquiteto Joan Villá de desenvolvimento da técnica da cerâmica armada. Os módulos residenciais possuem três cômodos (um destinado à função de dormitório, outro à função de convívio social - sala - e outro à função de serviços - banheiro e cozinha) e podem abrigar até 4 estudantes. (Centro Acadêmico da Linguagem-UNICAMP,2018)
Custo para Implementação
Informação não disponível
O projeto e a construção, por terem sidos realizados por meio do Laboratório de Habitação da UniCamp, foram financiados pela própria universidade, cujos subsídios de pesquisa provêm, majoritariamente, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Desafios
-
O projeto para residência estudantil da Unicamp forneceu aos estudantes uma possibilidade de moradia próxima à universidade, em material adequado às condições climáticas e com projeto de implantação adequado, fomentando o convívio em vizinhança. É um projeto demonstrativo que promove uma técnica aplicável em sistema de mutirão comunitário.
-
A utilização da cerâmica ao invés de blocos de concreto para construção de moradias diminui a quantidade de emissão de gás carbônico durante o processo de construção.
-
A técnica reforça a possibilidade de capacitação da própria comunidade para sistemas construtivos desenvolvidos em sistema de mutirão.
Contexto
Campinas é o terceiro maior município do estado de São Paulo e 14º de todo o país, com a população estimada em 1.194.094 habitantes (2018) e 238,323 km² de área urbana. É considerada um polo industrial forte no país, sendo a décima cidade mais rica do Brasil, e o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento brasileiro, sendo responsável por pelo menos 15% de toda a produção científica nacional. A UniCamp é uma universidade pública de bastante renome, sendo a 2ª melhor instituição universitária do Brasil em pesquisa. Sua tradição em pesquisa atrai uma diversa gama de profissionais altamente qualificados, tornando a universidade um palco ideal para a experimentação em inovações tecnológicas. Em termos de características ambientais, o clima de Campinas é considerado tropical de altitude, caracterizado por invernos secos e amenos e verões chuvosos e de temperaturas moderadamente altas; a umidade do ar é relativamente alta durante todo o ano, exceto no período do inverno, quando cai para cerca de 30%.
Compartilhe: