Artigo Estudos de Caso

Ecobarreira Arroio Diluvio – Guaíba

Metodologia

Saneamento Ambiental - ÁGUA

Remoção de lixo em sistemas de drenagem: Ecobarreiras

Brasil

Rio Grande do Sul(RS)

O lago Guaíba, ponto turístico da cidade de Porto Alegre – RS, tinha excesso de resíduos sólidos flutuantes. Em 2016, o Departamento municipal de limpeza urbana – DMLU, junto com a empresa de segurança de informação Safeweb, idealizam e investiram em uma forma de cessar esse tipo de poluição. Após estudos sobre as melhores opções, decidiram pela instação de ecobarreiras ao longo do rio Arrio Diluvio, que corta a cidade e desemboca no lago Guaíba. As ecobarreiras são são ilhas flutuantes, que ajudam na limpeza da água com uma espécie de grade que contem resíduos sólidos até 20 centímetros de profundidade. Os resíduos que param nessas barreiras são retirados pelo DMLU e enviados a um centro de triagem, de lá seguem os destinos corretos, como aterros ou envio para reciclagem.

Custo para Implementação

De cem a quinhentos mil reais

O custo operacional da Ecobarreira é de R$ 220.000,00 por ano e o custo de implantação, em março de 2016, foi de R$ 250.000,00.

Desafios

  • Considerando o desafio de tratamento e recuperação de áreas contaminadas ou degradadas, a ecobarreira é uma solução focada na raiz do problema. Com a cessão de envio de resíduos sólidos ao local degradado, em pouco tempo é possível ver a diferença.

Motivação

O Rio Guaiba, um ponto turistico da cidade de Porto Alegre, estava cheio de lixo, advindo do rio que corta as cidade. O principal motivo dessa poluição é o descarte incorreto, por isso um programa de educação ambiental também fez parte do plano, divulgando princípios de sustentabilidade que a sociedade deve assumir em busca da preservação ambiental. Em parceria com o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulica da UFRGS), foram realizadas edições do curso Multiplicadores Ambientais, voltado para lideranças comunitárias e moradores da bacia do Dilúvio. Além de palestras de sensibilização, trilha ecológica pelo Parque Saint’Hilaire, onde está localizada a nascente do Arroio Dilúvio, para a visualização da barragem Lomba do Sabão, e após uma visita no local onde está a barreira ecológica. Também, durante o percurso de ônibus do parque até a barreira ecológica foi realizada uma explanação da ação do homem sobre o arroio e suas consequências, desde a nascente até a foz, para que os participantes percebam as mudanças em relação à vegetação, clima e demais impactos da degradação ambiental do riacho.

Contexto

Segundo o Relatório de Prevenção Ao Lixo Marinho, feito em parceria entre Abrelpe Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais e Iswa (international solid waste association), os rios são considerados o principal mecanismo para o transporte de resíduos plásticos para o ambiente marinho, e também são a parada final para uma grande parte deles. A maioria dos rios urbanos foram canalizados e a industrialização e o aumento dos padrões de consumo levou a uma maior degradação, com as vias navegáveis se tornando receptores de esgoto, poluentes e outras águas residuais. Estudos mostram que a maior parte dos resíduos de fonte terrestre é transportada pela água através de rios e águas pluviais. No Brasil, segundo Araujo e Costa (2006), a composição de lixo plástico depositado nos rios urbanos possuem três categorias relacionadas ao uso - alimentos, esgoto/higiene e limpeza doméstica. A ação da ecobarreira busca interceptar esses resíduos solidos, em grande parte plástico flutuantes, para que não chegem aos corpos d’água, impactando negativamente o meio ambiente.