Estudos
Método de avaliação da rua: aplicação sobre as ruas de Brasília - Brasil
Mobilidade
Método de Avaliação de Ruas
Brasil
Distrito Federal(DF)
A primeira aplicação do MAR (método de avaliação da rua) teve como finalidade avaliar o espaço de deslocamento do pedestre na concepção das ruas comerciais locais de Brasília. A estrutura de análise do método estabelece uma lista de checagem, que tem como objetivo identificar a presença dos atributos constituintes de um espaço inclusivo. A lista de checagem específica ao estudo de caso poderá ser acessada no link referente ao repositório de pesquisas da Universidade de Brasília (incluído nas referências). Ademais, destaca-se que este estudo de caso tem como base a tese de doutorado de Veridiana Gomes (2015).
Custo para Implementação
Informação não disponível
A aplicação do método deverá ser feita inicialmente por meio de parceria entre o governo e as universidades, com financiamento à pesquisa. As audiências públicas deverão ser organizadas entre a administração local, os envolvidos na pesquisa e a comunidade local, sem custo adicional. A implementação das ações deverá ser custeada em sistema de parceria entre o poder público e a comunidade envolvida.
Desafios
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Para que uma cidade se torne acessível é preciso dar especial atenção ao espaço do pedestre.
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Espaços inclusivos estimulam os deslocamentos através de modos não motorizados.
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Ao se equilibrar a distribuição dos espaços de circulação nas cidades, os pedestres ganham protagonismo e os veículos motorizados passam a desempenhar papel secundário.
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Quanto mais inclusivos forem os espaços, mais as pessoas se sentirão seguras em deslocar-se a pé e em bicicleta.
Contexto
Em 1971, Lúcio Costa manifestou preocupação diante das dificuldades enfrentadas pelos pedestres em seu deslocamento em Brasília. Posteriormente, no Seminário de estudos dos problemas de Brasília, realizado no Senado, Lúcio Costa coloca o problema do espaço de movimento do pedestre como “um desafio a ser encarado de frente e de forma decisiva”, considerando-o desarticulado e segmentado. Sugere que se procure a maneira mais racional, mais simples, sem grandes artifícios, para que o pedestre se desloque com tranqüilidade e segurança (SENADO, 1974: 25 -27). Em que pese os apelos do urbanista, estudos recentes sobre a mobilidade de Brasília confirmaram o agravamento do problema, uma vez que a concentração das atividades econômicas e dos postos de trabalho no Plano Piloto tem levado ao aumento da pressão rodoviária sobre a área central, reforçando o modelo de mobilidade baseado no transporte privado. O déficit de 30.000 vagas na região do Plano Piloto, identificado em estudo realizado pela companhia paulista de desenvolvimento a pedido do Governo do Distrito Federal (Revista VEJA, 2014), mostra o resultado do atual modelo de mobilidade da cidade. Enquanto não se opere uma transformação nesse modelo, a engrenagem das transgressões sobre o espaço urbano será alimentada, levando a um confronto desleal pelo domínio do espaço, no qual o pedestre sempre sairá perdendo (GOMES, 2015).
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