Estudos
Programa Ponte Viva: Hercílio Luz Para as Pessoas
Mobilidade
Pontes exclusivas para pedestres e ciclistas
Brasil
Santa Catarina(SC)
O presente estudo de caso trata do programa Ponte Viva: Hercílio Luz Para as Pessoas, uma iniciativa da Prefeitura de Florianópolis em parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina e a Fundação Catarinense de Cultura. O programa tem como propósito reativar o uso da Ponte Hercílio Luz que foi revitalizada e disponibilizada para o trânsito de pedestres, ciclistas e para o transporte coletivo.
Custo para Implementação
Mais de cinco milhões de reais
As obras de revitalização da ponte tiveram várias etapas desde 1982. Ao longo dos anos exigiram diversas fontes de recurso e formas de contratação. Entre 1982 e 1989, foram gastos quase R$ 50 milhões na reforma. Já entre 1990 e 2015, foram investidos R$ 180 milhões, divididos em 16 contratos de revitalização. Só entre 2006 e 2008, o governo do estado gastou quase R$ 100 milhões de reais. Em 2013, também houve um convênio firmado com o BNDES, na ordem de R$ 150 milhões. Somente pela Lei Rouanet, foram captados mais R$ 64 milhões para a reforma da estrutura.
Desafios
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A ponte é uma das principais ligações entre a ilha e o continente e tem como propósito melhorar o problema da mobilidade urbana entre estes dois pontos.
Motivação
A Ponte Hercílio Luz é uma importante conexão entre o continente e a ilha de Florianópolis e a proposta do programa é revitalizar não só a ponte, mas todo o seu entorno, criando um ambiente próspero e capaz de se desenvolver por meio do turismo e da cultura, garantindo a reintegração da ponte à cidade e à população. A ideia é que o cidadão se aproprie deste patrimônio histórico que é a ponte e dê vida a ela e a seu entorno. Em 2017 se iniciam os estudos para utilização da ponte que esteve em obra por muitos anos e se tornou uma contradição para a comunidade, pois muitos não entendiam o porquê de uma ponte que não permitisse o trânsito de veículos. Os estudos mostraram a importante da valorização do pedestre, dos ciclistas e do transporte coletivo como forma de reintegrar a ponte à comunidade. Além disso, o programa Ponte Viva foi criado pautado em cinco eixos: Mobilidade, Patrimônio, Turismo, Cultura e Esporte e Lazer no intuito de revitalizar a ponte e seu entorno, criando unidade e sinergia do patrimônio histórico com a cidade.
Contexto
Um pouco sobre a ponte Hercílio Luz: Em 1926 se encerra a construção da maior ponte pênsil do Brasil, a Ponte Hercílio Luz, que ligava a Ilha de Florianópolis ao Continente, vindo a substituir o serviço de ligação por meio de balsas. A ponte foi construída pela empresa americana Byington & Sundstrom. A ponte teve plena atividade e garantiu o trânsito de inúmeras pessoas no trajeto continente – ilha – continente. Entretanto, em 1982, a ponte Hercílio luz foi interditada devido a sua deterioração e condições precárias. Com o fechamento da ponte, responsável por 43,8% do tráfego de acesso, o trânsito foi transferido para a ponte Colombo Salles, que já operava desde 1975. Em 1988 a ponte é reaberta ao tráfego de pedestres, bicicletas, motos e veículos de tração animal, mas em 1991 relatórios já apontavam graves problemas de manutenção e a ponte foi fechada novamente. Em 1992 a ponte é tombada como Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Município de Florianópolis e em 1997 é reconhecida pelo Ministério da Cultura como Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Brasil. Em 2006 inicia-se a primeira etapa de recuperação da ponte para a restauração das cabeceiras e reparação das estruturas metálicas. Em 2016 as obras são retomadas e em 2017 iniciam-se os estudos para utilização da ponte por meio do programa Ponte Viva.
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