Estudos
Residência Estudantil da UniCamp
Ambiente Construído
Construção com Pré-fabricados Cerâmicos
Brasil
São Paulo(SP)
Metodologia
A metodologia para construção em cerâmica armada consiste em: 1. Posicionamento dos tijolos furados sobre superfície horizontal, podendo ser utilizada a própria fundação radier da obra; 2. É utilizado um gabarito (metálico ou de madeira); as peças cerâmicas são dispostas no interior do gabarito, com espaçamento de até 4 cm entre elas; 3. Preenchimento de concreto armado no espaçamento entre as peças; 4. O painel é deixado no local para tempo de cura do concreto (que pode variar de 7 a 28 dias); 5. Os painéis recebem componentes de instalação elétrica e hidráulica; 6. Os painéis são montados no local da obra por operários com auxílio de maquinário convencional.
Implementação
Atores
Laboratório de Habitação da Universidade de Campinas (LabHab/UniCamp)
Outro
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Governamental (de cima para baixo)
Estudantes da UniCamp
Comunitária/Grassroots (de baixo para cima)
Governança
A iniciativa para o projeto da Residência Estudantil da UniCamp surgiu após estudantes da universidade ocuparem, em 1989, o Instituto de Física para reivindicar condições de moradia, devido aos preços altos de aluguel na cidade de Campinas, inacessíveis para os estudantes. Assim, o reitor solicitou à coordenação do Laboratório de Habitação para entrar em contato com os estudantes manifestantes e, a partir disso, projetasse a habitação estudantil. O projeto foi desenvolvido por professores e estudantes pesquisadores do LabHab/UniCamp em processo colaborativo com a classe estudantil geral por meio de assembleias. O arquiteto Joan Villà, que trabalhava há 3 anos no laboratório e desenvolvia a técnica da cerâmica armada há 7 anos, liderou o processo de projeto. (Centro Acadêmico da Linguagem-UNICAMP,2018)
Público-alvo
O público atingido foram os estudantes de baixa renda da Unicamp, que passaram a ter uma alternativa de moradia acessível.
Elementos de Replicabilidade
Estudo das condições climáticas da região de implantação para que haja tratamento adequado da cerâmica em relação à ação da umidade e avaliar a necessidade de revestimento.
Manutenção periódica dos painéis, a fim de evitar desgastes estruturais.
Mão-de-obra disponível para a montagem dos painéis, dado que são majoritariamente realizados manualmente.
No caso de implantação da técnica em sistema de mutirão, é importante prever assistência técnica especializada para a capacitação da própria comunidade. Atualmente, graças à lei que torna obrigatória a assistência técnica gratuita, essa consultoria poderia ter financiamento público.
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