Teto Verde Pioneiro da Alemanha – ufa-Fabrik, Berlim

Metodologia

A partir de 1976, a comunidade local começou a tomar conta da área abandonada, iniciando com produção e venda de alimentos orgânicos. Dois anos depois, promoveram um festival que trouxe soluções baseadas na natureza como resposta para repensar as ações humanas e reciclar os materiais que eram descartados. No ano seguinte, a área foi ocupada pacificamente por mais de 100 pessoas. Em 1980, teve início a introdução de tetos verdes e jardins verticais para melhorar o ambiente construído e seu entorno. Em 1996-1997 foi feita a renovação do Café Olé com um projeto inovador para reduzir a demanda de energia, projetando um teto verde que se tornou um biofiltro para os odores exalados na cozinha. Nesse período foram introduzidas diversas tecnologias ecológicas para otimizar o Complexo e reduzir custos, melhorando seu desempenho econômico. Os tetos verdes foram introduzidos sobre as construções existentes a fim de melhorar o ambiente interno e externo, reduzir a demanda de energia, aumentar a biodiversidade local. A impermeabilização dos tetos foi feita por material atóxico reciclado. O substrato consiste em solo e argila expandida que é mais leve e mantém umidade. A vegetação e o solo contribuem para manter a impermeabilização por evitar a radiação solar direto no teto. Alguns tetos são irrigados, outros não, respondendo naturalmente às condições do clima local. Alguns tetos verdes têm sido monitorados pela Universidade Técnica de Berlim (Faculdade de Física) e pela Faculdade de Neubrandenburg para medir seu desempenho ecológico e os serviços ecossistêmicos que oferece, bem como sobre a biodiversidade que abriga - no total são 100 espécies entre gramíneas, herbáceas com flores e arbustos. Essa diversidade de espécies atrai diversidade de fauna, principalmente insetos e pássaros. Ao longo das décadas seguintes, festivais e diversas atividades comunitárias movimentaram a cidade com o tema da ecologia, o que transformou a ufa-FABRIK em referência na área. (ufa-Fabrik, 2019)