O geoturismo explora potencialidades que abrangem a bio e geodiversidade como parte de uma oportunidade de transmitir conhecimento e reforçar o estabelecimento do estado de resiliência em um determinado local. Difere do ecoturismo no sentido em que faz parte de um planejamento estratégico de longo prazo, que visa preservar o patrimônio natural e regenerar áreas degradadas, que podem ser urbanas e periurbanas. Assim, os principais objetivos são a valorização dos aspectos culturais e a relação com o meio ambiente como forma de estabelecer vínculos com os visitantes. Ademais, gerar produtos que contenham a informação geológica que agrega valor ao conteúdo usualmente explorado. A existência de Centros de Interpretação Territorial (CIT) promove a motivação pelas questões histórica, geológica e ambiental. Os CIT funcionam como museus que auxiliam e estimulam processos de conexão entre os turistas e um território até então desconhecido. Esses espaços estabelecem-se sobre memórias ligadas a um mapeamento dos recursos naturais e culturais, no qual se apresentam variáveis geofísicas e socioculturais. Incentiva-se, a partir das intervenções de ambiente construído conectadas à natureza, a restauração de áreas degradadas, que passam a capturar CO2. Mais do que isso, aumenta-se a resiliência das cidades a eventos climáticos extremos, alcançando uma gestão sustentável dos recursos naturais.