Soluções
Solução aplicável em:
Cidades de pequeno porte
Cidades de médio porte
Cidades de grande porte
Solução aplicável nas regiões:
Nível de maturidade da solução
Ideação e pesquisa
Aplicada em escala piloto
Disponível comercialmente e aplicada
Amplamente disseminada
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Tipo de Investimento
Informação indisponível
Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)
Justificativa
Sendo movido pela energia elétrica, cuja produção no Brasil é predominantemente de origem hidráulica, a emissão de CO2 (gás carbônico) do sistema MagLev é muito baixa (em torno de 10% do que é gerado por um carro para transportar o mesmo número de passageiros).
A solução consiste na adoção de veículos movidos à Levitação Magnética Supercondutora (LSC). Esse tipo de veículo se diferencia daqueles que utilizam o sistema de simples aderência (atrito pelo contato roda-trilho), que é predominante nos sistemas de transporte ferroviário, a exemplo dos trens metropolitanos e metrô. Veículos deste tipo contam ainda com articulações múltiplas entre os módulos de passageiros, permitindo efetuar curvas com raios de 50 metros, vencer aclives de até 15% e operar em vias elevadas ou ao nível do solo a uma velocidade aproximada de 70 km/h. Além disso, diferentemente dos demais veículos baseados em outros métodos de levitação magnética, a tecnologia LSC permite maior estabilidade, ao basear-se na propriedade diamagnética dos supercondutores (pastilhas de cerâmica resfriadas à 196º C). Os supercondutores já vêm sendo usados na pesquisa de novos tipos de trem de levitação em diferentes países, incluindo Brasil, Alemanha e China. Sendo o Brasil pioneiro das linhas de teste em escala real. Calcula-se que soluções do tipo MagLev custe bem menos que o metrô, a solução urbana mais comum em grandes cidades.
O Problema
Atualmente, mais da metade da população mundial reside em áreas urbanas, sendo as grandes cidades referenciais de como esses espaços urbanizados podem ser densos e, ao mesmo tempo, cada vez mais extensos. Essa configuração implica uma série de problemas de deslocamento para a população residente que, no caso das cidades brasileiras, enfrenta desafios particulares. Uma solução clássica para esse tipo de questão é a implantação de linhas subterrâneas de metrô, amplamente reproduzidas mundo afora. No entanto, o custo de implantação dessas linhas encontra-se na faixa de 100 a 300 milhões de reais por quilômetro (no caso do Brasil), dependendo do tipo de solo a ser escavado e, também, da topografia. Por isso, a implantação de sistemas que utilizam veículos de levitação magnética aparece como uma solução cuja eficiência teria os mesmos níveis que o do metrô, mas a partir de métodos de construção e de tecnologia mais barata e facilmente reproduzível. Sistemas ferroviários tradicionais baseados no modelo de simples aderência (atrito pelo contato roda-trilho) inscreve-se em uma geometria que limita a inclinação, assim o traçado deve ser o mais retilíneo possível. Essa limitação encarece a obra, exigindo uma grande movimentação em cortes e aterros, construção de túneis, pontes e viadutos, além dos custos de desapropriação. Como se sabe, a matriz de transportes no Brasil é caracterizada pela forte concentração no modo rodoviário, sendo este o grande responsável pela grande maioria do CO2 lançado na atmosfera. O MagLev se coloca, portanto, como uma tecnologia alternativa aos atuais sistemas, demandando custos de investimento, operação e manutenção menores que os convencionais, além de contemplar atributos que o enquadra nas exigências ambientais do século XXI.
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