No Brasil, tem-se crescentemente adotado políticas de incentivo à implementação e expansão de sistemas fotovoltaicos (FV), incluindo a geração distribuída (GD) de pequeno porte. O Net Metering, ou Sistema de Compensação de Energia, é um mecanismo em que a energia excedente gerada pela unidade consumidora com micro e minigeração é injetada na rede da distribuidora, a qual funciona como uma bateria, armazenando essa "sobra" de eletricidade. Quando a energia injetada for maior que a consumida, o consumidor receberá um crédito em energia (kWh) a ser utilizado para abater o consumo em outro posto tarifário (para consumidores com tarifa horária) ou na fatura dos meses subsequentes. Outro mecanismo de remuneração pela geração solar fotovoltaica distribuída que pode ser utilizado em ambiente urbano é a Feed In Tariff (FIT). A FIT permite que o proprietário de sistemas fotovoltaicos comercialize seu excedente de energia produzida ao injetá-la na rede de distribuição, recebendo uma quantia em dinheiro por cada kWh produzido. Neste caso, o proprietário pode vender a quantidade de energia que quiser, não sendo limitado pelo seu consumo, ao contrário do que ocorre com o Net Metering. Sistemas de geração FV distribuída permitem uma economia da conta de energia elétrica superior a 90%, ou mesmo geração de renda associada aos mecanismos citados. Além disso, contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e aumento da eficiência energética associada à geração de eletricidade. Finalmente, permite ampliar o acesso da população a fontes modernas de energia, assim como aumenta a resiliência do Sistema Interligado Nacional (SIN) de geração elétrica à mudança do clima.