Artigo Soluções

SOCIAL

Modelo de Ruas Integrais

Modelo de Ruas Integrais

Mobilidade

Acesso à e na cidade

Solução aplicável em:

Ícone cidade de pequeno porte

Cidades de pequeno porte

Ícone cidade de médio porte

Cidades de médio porte

Ícone cidade de grande porte

Cidades de grande porte

Solução aplicável nas regiões:


Nível de maturidade da solução

Ideação e pesquisa


Aplicada em escala piloto


Disponível comercialmente e aplicada


Amplamente disseminada


Tipo de Investimento

Informação indisponível


Emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Esta solução contribui para a redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa)

Justificativa

O movimento por ruas seguras visa promover o espaço de circulação de pedestres, sendo assim propõe o redisciplinamento do uso das ruas de forma a reduzir o impacto do trânsito motorizado.


O movimento por ruas integrais tem se difundido nos últimos 50 anos, por meio das contribuições de diversas organizações que defendem o desenho da rua multifuncional, na qual todos os modais de deslocamento estejam compreendidos. O movimento intitulado em inglês, Based Complete Streets Movement, promove campanhas contra o uso de vias destinadas a veículos em alta velocidade e defende o desenho integrador – incluindo ciclistas, veículos públicos, motoristas, pedestres de todas as idades e habilidades. Nova Iorque é uma das cidades mais envolvidas nesse movimento, como mostra o New York Streets Renaissance, plano empreendido pela associação Transportation Alternatives, que pretende alterar o modelo de mobilidade das ruas e reduzir a zero o número de vítimas de acidentes em ruas locais da cidade - Vision Zero. Atualmente o sistema de calçadas da cidade, em conjunto com iniciativas de suporte ao transporte público e ao uso da bicicleta, funcionam de forma integrada e já se contabilizou uma baixa de 34% nos acidentes em ruas locais. O método proposto para reajustamento viário e implementação das ruas integrais pode utilizar dos seguintes artifícios quando necessário, visando em conjunto a melhoria da qualidade de vida do pedestre, redução de engarrafamentos e acidentes viários: Redução de faixas da seção viária da rua; Inclusão, aumento de largura ou reforma de calçadas; Estreitamentos ou extensões do meio-fio, para redução das distâncias de travessia para os pedestres; Ponto médio de travessia em ruas longas, como avenidas, para proteção do pedestre, como ilhas de refúgio; Redução de espaços de estacionamento; Demarcação de áreas de carga e descarga e/ou embarque/desembarque.

Reajustamento viário Ruas Integrais Mobilidade verde Desenho urbano integrador

O Problema

Historicamente, o planejamento de ruas em cidades, em sua maioria, teve como foco o tráfego veicular, por vezes superdimensionando o espaço do veículo, oprimindo o pedestre, tirando acesso e qualidade de utilização do espaço público. Aliado à perda de qualidade de vida para o pedestre, a falta de planejamento também está associado a acidentes. No Brasil, estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), revelaram que, “... em 2003, foram perdidos em acidentes automobilísticos, 5,3 bilhões de reais, sem contar os acidentes rodoviários”. O valor da soma (equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto de 2002) era resultante da estimativa de valores aplicados em várias frentes, desde procedimentos de socorro, atendimento hospitalar e danos aos veículos, até a perda de produção devido às mortes e a afastamentos do trabalho (IPEA, 2003).