As nascentes possuem grande relevância para a sustentabilidade, resiliência das cidades e para o bem-estar social. Alguns de seus benefícios incluem maior segurança hídrica, biodiversidade, serviços ecossistêmicos ecológicos, sequestro de carbono e funções pedagógicas e paisagísticas. Com as alterações na cobertura do solo devido à urbanização e à agricultura, e considerando períodos de seca cada vez mais longos e frequentes em certas regiões, é preciso garantir que as nascentes e mananciais localizados em áreas urbanas e periurbanas tenham os ecossistemas preservados e conservados. Para isso, pode-se haver consorciação de culturas com valor comercial ou plantio de agroflorestas, com espécies florestais e comestíveis. Nos casos em que os mananciais se encontram degradados, eles necessitam de restauração das suas funções ecológicas com o plantio intensivo de vegetação compatível com a região em que as nascentes se encontram. Dependendo do contexto, o plantio pode ser consorciado com produção de alimentos e madeira de maneira conjunta com a proteção das águas, e/ou atividades coletivas de mutirões podem ser empregadas para viabilizar a restauração das nascentes. Assim, as áreas do entorno das nascentes devem ser protegidas e/ou recuperadas, podendo se tornar parques ou praças públicas que ofereçam recreação e lazer, com melhoria da saúde física, mental e espiritual. Essas áreas apresentam excelentes oportunidades para conectar as pessoas com a natureza, além de educar e conscientizar a população para a importância da biodiversidade e das águas.