Trata-se de técnicas de intervenção sobre os elementos arquitetônicos e construtivos de uma edificação existente, geralmente um imóvel antigo, visando melhorar as instalações, prolongar a vida útil, o conforto térmico-acústico e a funcionalidade do edifício. A intervenção pode envolver a requalificação de uma edificação construída em padrões inadequados aos condicionantes ambientais. Essa técnica vem sendo chamada de retrofit, embora as reformas possam ser consideradas uma ação de retrofit, assim como a renovação completa de um edifício ou uma intervenção a um patrimônio. A premissa nesse processo é de que os valores estéticos e históricos sejam preservados e que o conceito de sustentabilidade seja o norteador na tomada de decisões. O retrofit também é aplicado na substituição de sistemas prediais ineficientes e inadequados, devido a questões de mudança de uso do imóvel ou quando as edificações estão inacabadas ou abandonadas. O processo de renovação pode ser justificado por fatores como o aproveitamento da infraestrutura existente no local, a importância estratégica de sua localização, o impacto gerado na paisagem urbana, a preservação do patrimônio histórico e cultural, o déficit habitacional e a sustentabilidade ambiental. A geração de economia de energia, mitigação de emissões, redução no consumo de água e geração de resíduos, em substituição ao modelo de demolir para reconstruir, representa outro importante fator no convencimento dos atores envolvidos na adoção da solução. Na reconversão da edificação utilizam-se e inovações tecnológicas. O sistema predial é modernizado, possibilitando um aproveitamento da estrutura edificada, ao mesmo tempo em que se incorporam novos materiais e técnicas sustentáveis.