O Problema

A ausência ou até mesmo a deficiência de saneamento básico, mais especificamente de esgotamento sanitário, expõe uma elevada parcela da população aos riscos de contaminação. Tais riscos são significativamente reduzidos ao se utilizar um sistema de esgotamento sanitário para promover a coleta e o tratamento de efluentes a serem lançados nos corpos receptores. O tratamento adequado dos esgotos sanitários pode prevenir, controlar e erradicar doenças de veiculação hídrica, melhorando a qualidade de vida da população. A escolha de um processo de tratamento depende de diversos fatores, fazendo-se necessário avaliar a eficiência, eficácia e aplicabilidade de cada processo. Os tratamentos biológicos amplamente difundidos atuam por meio de mecanismos bioquímicos anaeróbios e aeróbios de degradação. No que tange o tratamento anaeróbio, apesar de sua capacidade de reter biomassa (matéria orgânica a ser degradada), os seus efluentes possuem concentrações de DBO acima dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 430/11 para o lançamento de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgoto, que estabelece uma remoção mínima de 60% de DBO, além de possuírem cor e odor desagradável. Esses fatores geram a necessidade de uma etapa pós tratamento de seus efluentes. Uma das alternativas para o pós tratamento é o tratamento anaeróbio.