Estudos
Bike Rio
Mobilidade
Sistema de compartilhamento de bicicletas com estação
Brasil
Rio de Janeiro(RJ)
Trata-se do sistema de aluguel de bicicletas compartilhadas operado na Cidade do Rio de Janeiro. O acesso às bicicletas é realizado através de aplicativo de celular. A tecnologia adotada no sistema é desenvolvido pela empresa canadense Public Bike System Company (PBSC), também utilizado em outras 24 cidades no mundo, como Londres, Nova Iorque, Chicago, Washington, Melbourne, Guadalajara e Toronto.
Custo para Implementação
Informação não disponível
A implementação e manutenção do sistema é de responsabilidade da operadora. Os investimentos em implantação e expansão do sistema somam R$ 80.000.000,00. O investimento e manutenção corresponde a R$ 40.000.000,00. O sistema gera em torno de R$ 5,8 milhões em receita anualmente.
Desafios
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A solução compõe um elemento fundamental no sistema de transporte, facilitando a acessibilidade da população às diversas atividades urbanas.
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Trata-se de um sistema baseado na mobilidade não-motorizada e, portanto, não consumidora de combustíveis fósseis.
Contexto
O município do Rio de Janeiro é o segundo maior município do país. Sua população estimada em 2018 é de 6,7 milhões de habitantes, com uma densidade demográfica de 5.556 hab/km². O município conta com 84 km de praias, tornando-o um dos principais destinos turísticos do país. Ao mesmo tempo, a cidade ocupa também a posição de núcleo de uma extensa área metropolitana de aproximadamente 12 milhões de habitantes. Atualmente, em termos de transporte coletivo, a metrópole do Rio de Janeiro conta com os serviços de metrô, trens, barcas, ônibus (BRT’s e convencionais), VLT e os serviços do chamado transporte alternativo. Além dessas opções, que são responsáveis por grande parte das viagens realizadas, existem ainda um serviço de aluguel de bicicletas disponível em parte restrita da cidade e uma linha de bonde. Apesar desse complexo formado por serviços e infraestruturas, a cidade enfrenta há anos graves problemas relacionados ao deslocamento cotidiano da população, que se agravaram paralelamente ao aumento da taxa de motorização individual. A taxa de motorização passou de 19,8 automóveis para cada 100 habitantes em 2008 para 29,8, em 2018. Nesse mesmo período, destaca-se os volumosos recursos investidos no transporte público para a Copa do Mundo de Futebol 2014 e os Jogos Olímpicos 2016. Apesar do investimento em transporte público coletivo, este foram também em parte orientados para ações que promovem ou incentivam a circulação de veículos privados individuais. Mesmo assim, a bicicleta tem uma presença marcante na mobilidade e na paisagem da cidade. Os resultados da última pesquisa “Perfil do Ciclista” (TRANSPORTE ATIVO; LABMOB, 2018) revela que 74,7% das pessoas a usam a bicicleta mais de cinco dias durante a semana e por múltiplos motivos: trabalho (77,3%), escola ou faculdade (27,7%), compras (53,7%) ou ainda encontro social ou lazer (56,9%). Há, sem dúvida, uma demanda reprimida, relacionada sobretudo à falta de infraestrutura. Segundo a mesma pesquisa, 54,4%, usariam a bicicleta mais vezes se houvesse mais ciclovias e bicicletários. Nesse contexto, a situação insuficiente da infraestrutura e serviços disponíveis torna a oferta de serviços baseados em soluções sustentáveis ainda mais relevante sobretudo em deslocamentos de curta e média distância e no contexto de última milha.
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