Calçadas Verdes e Acessíveis - São Paulo - Brasil

Resultados e Impactos

O projeto eliminou 99% dos degraus que previamente obstruíam o passeio das calçadas, trazendo inclusive uma melhoria na percepção da paisagem urbana. Assim, as pessoas que antes caminhavam pelas ruas passaram a caminhar pela calçada reformada. Houve até testemunho de idosos que não saiam de suas casas porque não conseguiam transpor os degraus e dependiam de outras pessoas para comprar remédios e/ou ir à padaria. Condomínios verticais no bairro (novos e velhos) passaram a adotar o novo modelo da calçada. A iniciativa teve grande repercussão na mídia e a publicação sobre o caso serviu como subsidio de vários debates e projetos de lei na Câmara de São Paulo.

Fatores de Fracasso

Não são fatores de fracasso precisamente falando, mas fatores de dificuldade. Numa cidade onde ainda persiste uma cultura que privilegia o transporte individual motorizado, preocupação em torno de obras públicas que, porventura, dificultem o direito de ir-e-vir dessa população, pode denotar barreiras à ampliação de ações como essa. No caso estudado, Gilmar Altamirano e Paulo Sergio Silva (2008) relatam que muitos moradores ficaram inseguros em assinar o termo de adesão ao projeto, isto é, concedendo suas calçadas à atuação das obras, porque estavam preocupados com os impactos na entrada e saída de veículos das garagens. A campanha empenhou esforços para convencer esse público resistente a compreender os benefícios e, assim, viabilizar a execução do projeto.

Fatores de Risco

Falta de manutenção e desmobilização comunitária podem prejudicar a sustentabilidade do projeto. Não foram identificados episódios que tenham desmobilizado a iniciativa, realizada há uma década.