Artigo Estudos de Caso

Desenvolvimento de ferramenta de gestão energética de baixo custo para aplicações em clientes de poder público e comerciais

Metodologia

Energia

Ferramenta de apoio ao gerenciamento energético

Brasil

Rio de Janeiro(RJ)

Este estudo de caso tem como base um projeto de Sistema de Gerenciamento de Energia, composto de hardware e software, para que os gestores públicos e demais clientes (comerciais, industriais, residenciais etc) possam gerir e implementar as ações voltadas ao uso eficiente e sustentável da energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro, independentemente da concessionária (atualmente, a concessionária é a empresa Light). Como consequência, os gestores e clientes terão como melhorar o seu planejamento de custos e seus orçamentos, o que poderá resultar num melhor fluxo de pagamento de suas faturas de energia elétrica. A ferramenta (hardware multicanal e software) desenvolvida é de baixo custo, permitindo o levantamento de dados precisos e informações relevantes sobre o uso de energia de uma Unidade Consumidora, viabilizando ações para a otimização energética, acompanhamento e controle pelo cliente e a redução de custos. O sistema permitirá que sejam feitos controles automáticos de forma a garantir a obtenção dos resultados planejados, por exemplo, o controle de demanda e os equipamentos ofensores. Além de disponibilizar dados para diagnósticos e análises sobre o uso de energia, o sistema tem a capacidade de emitir alertas por e-mail e via software em caso de irregularidades. O sistema proposto terá uma plataforma 100% online e a ideia é que sua utilização será prática e intuitiva. O hardware proposto nesse projeto fará utilização de um único equipamento (multicanal), que terá a capacidade de coletar dados de medição em tempo real de vários circuitos simultaneamente, que serão transmitidos na nuvem. O acesso aos dados, sejam estes de uma única ou de diversas unidades ou pontos, é feito através de qualquer dispositivo com acesso à internet. Há potencial de implementar controles automáticos de forma a garantir a obtenção dos resultados planejados, por exemplo, o controle de demanda de equipamentos Em resumo, os objetivos do sistema são: 1) Conhecer o real perfil de consumo da Unidade Consumidora; 2) Identificar desperdícios no consumo; 3) Analisar oportunidades de adequação tarifária - horários de funcionamento de cargas; 4) Detectar e controlar picos de demanda; 5) Identificar a localização geográfica dos pontos de consumo; 6) Criar Indicadores de Eficiência (KPIs); 7) Consolidar e analisar dados de energia de diversos pontos ou localidades (Light e/ou Município); 8) Controlar contas e comparar com as faturas de energia enviadas pelas concessionárias; 9) Analisar as melhores opções tarifárias; 10) Ter dados de energia precisos para planejar ações de economia (projetos de EE); 11) Propor lista sugestiva de equipamentos elétricos eficientes; 12) Quantificar economias de energia obtidas; 13) Ser avisado rapidamente em caso de anormalidades ou desperdícios (alarmes).

Custo para Implementação

Informação não disponível

Este estudo de caso está sendo financiado 100% pela Light SESA através do programa de P&D/Aneel.

Desafios

  • As ferramentas de gestão energética tem como objetivo otimizar o consumo de energia.

Contexto

A cidade do Rio de Janeiro é um dos principais centros econômicos, culturais e financeiros do país, sendo internacionalmente conhecida por diversos ícones culturais e paisagísticos. Representa o segundo maior PIB do país, estimado em 758 bilhões de reais em 2018 (IBGE, 2021) e é sede das duas maiores empresas brasileiras - Petrobras e Vale -, e das principais companhias de petróleo e telefonia do Brasil, além do maior conglomerado de empresas de mídia e comunicações da América Latina, o Grupo Globo. Contemplado ainda por grande número de universidades e institutos, é o segundo maior polo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 19% da produção científica nacional, segundo dados de 2005. O clima do Rio de Janeiro é o tropical atlântico, com variações locais, devido às diferenças de altitude, à vegetação e à proximidade com o oceano. Por se tratar de uma cidade litorânea, o efeito da maritimidade é perceptível, traduzindo-se em amplitudes térmicas relativamente baixas. Os verões são quentes e úmidos e ocasionalmente apresentam temporais. É a segunda maior metrópole do Brasil (depois de São Paulo), possui uma área de 1 200,177 km², sua população estimada pelo IBGE (2021a) é de 6.747.815 habitantes em 2020 e uma densidade populacional de 5.265,82 hab./km² em 2010 (IBGE, 2021a).