Artigo Estudos de Caso

Divoem – Programa Emergencista Voluntário de Fortaleza

Metodologia

Mobilidade

Tecnologia mobile para situações emergenciais e segurança colaborativa

Brasil

Ceará(CE)

O Divoem - Digital Voluntário Emergencista é um aplicativo desenvolvido para a cidade de Fortaleza. É uma plataforma desenvolvida para empoderar tecnologicamente os serviços de emergência que buscam aproveitar todo o potencial da colaboração voluntária ao seu favor, na missão de salvar vidas. Otimiza o atendimento dos sistemas municipais de socorro como SAMU e Bombeiros ao disponibilizar emergencistas voluntários que são acionados por meio de georeferenciamento, ou seja, estão sempre próximos a pessoa que precisa de socorro. Os emergencistas são classificados em categorias, que permitem aplicar programas específicos por capacitação, e ainda, direcionar os atendimentos. São eles: médicos, enfermeiros, profissionais da área de saúde e segurança treinados e voluntários com treinamento validado. O funcionamento é simples: é realizado um chamado para o serviço de emergência (192 ou 193) e, em paralelo ao atendimento, ocorre a ativação de emergencistas. Os emergencistas mais próximos serão avisados e, ao aceitar o chamado, se conectam com a equipe de atendimento. No local, os emergencistas enviam fotos e informações para a centrar, oferecem os primeiros socorros e evitam que ações erradas sejam feitas. Enquanto isso, a equipe de emergência se desloca para o local.

Custo para Implementação

De cinquenta a cem mil reais

O investimento é o necessário para desenvolvimento do aplicativo de acordo com as necessidades de cada município.

Desafios

  • O aplicativo é uma forma segura de acionar o chamado de emergência dos sistemas municipais; é um atendimento imediato para a população e ajuda na eficiência do atendimento, por meio dos encaminhamentos mais adequados.

Motivação

O Divoem foi desenvolvido para apoiar a gestão e controle dos atendimentos realizados pelo SAMU e Corpo de Bombeiros. Existia uma necessidade de atendimento em locais distantes que, muitas vezes, demoravam demasiadamente para serem realizados, além da ocorrência de trotes. A base do Divoem é a tecnologia que fornece um canal de comunicação instantâneo entre central, emergencistas profissionais e emergencistas voluntários. Desta forma, existe um atendimento inicial mais imediato e evitam-se os trotes, o que ocupa muito tempo das equipe de atendimento. A solução permite que o emergencista voluntário envie imagens entre as partes, para auxiliar nas decisões da central de operação. Através do programa, ainda é possível comunicar atos de solidariedade, cooperação e heroísmos diários, como um jornal digital para honra ao mérito. O sigilo e controle total sobre os dados são prioritários, pois todos os dados de chamados realizados são de propriedade do órgão público usuário da ferramenta no local.

Contexto

Diversos são os problemas e dificuldades para os sistemas de atendimento de emergência, seja do SAMU ou Bombeiros. Entre eles estão administrar trotes, chegar com rapidez aos atendimentos, dar orientações prévias por telefone, cuidar para que nada de errado seja feito com as vítimas. Segundo o Ministério da Saúde, o SAMU tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou emergência que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte. Os atendimentos precisam ser realizados por uma equipe qualificada de médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, além dos condutores socorristas. O SAMU é um serviço gratuito que funciona 24h, todos os dias da semana. Dados de uma amostra em Porto Alegre (RS) mostram que o tempo de chegada do SAMU tem como mediana 19 minutos (Ciconet, 2015). Além disso, existe a questão dos trotes que representam 50% dos chamados. Outra questão bastante complexa para os chamados de emergência é a acessibilidade. Em geral os sistemas não estão preparados para atender pessoas com problema auditivo, por exemplo, que representam 10 milhões de pessoas, segundo o IBGE.