Artigo Estudos de Caso

Parada de ônibus verde em Caxias do Sul (RS)

Metodologia

Ambiente Construído

Telhado verde para edificações

Brasil

Rio Grande do Sul(RS)

Projeto de recuperação e adequação (retrofit) de um ponto de ônibus em Caxias do Sul, com a inclusão de cobertura verde ou telhado verde, placas fotovoltaicas que geram energia limpa para o próprio ponto de ônibus, onde são disponibilizados carregadores USB para dispositivos móveis e iluminação em LED. A nova parada verde é equipada, ainda, com lixeira e totem informativo sobre as linhas, horários e trajetos dos ônibus. Utiliza apenas materiais reciclados ou recicláveis em sua produção. Os bancos e o telhado são feitos em madeira plástica com resíduos da indústria moveleira. Assentos antigos de ônibus foram reaproveitados, recuperados e colocados nesta parada verde, em alusão à empresa de ônibus que patrocinou o projeto. De uma forma geral, as Paradas Verdes podem ser inteiramente construídas ou, então, o retrofit de um ponto de ônibus existente.

Custo para Implementação

De cinco a cinquenta mil reais

O projeto foi uma iniciativa da empresa de transporte público Visate e empresas parceiras que doaram material e serviço para viabilizar a obra, isentando a prefeitura de custos diretos. O valor de um ponto de ônibus é variável de acordo com o material necessário. De uma forma geral é preciso considerar no orçamento: estrutura metálica; floricultura e paisagismo; sistema fotovoltaico; comunicação visual e totem; vidros e sua instalação e o projeto estrutural.

Desafios

  • Contribui para a qualidade das estruturas adjacentes aos transporte público.

  • As paradas verdes têm placas fotovoltaicas que geram energia limpa para o próprio ponto de ônibus.

  • A parada verde utiliza materiais reciclados ou recicláveis em sua estrutura.

  • Os telhados verdes são espaço oportuno para os polarizadores e, desta forma, contribuem com a biodiversidade.

  • Telhados verdes contribuem para diminuição da poluição, retenção de fuligem e proporcionam melhora na temperatura. São espaços oportunos para polarizadores e contribuem com a biodiversidade.

Motivação

As paradas verdes, pontos de ônibus com viés de sustentabilidade, contribuem para cidades mais sustentáveis e resilientes. Utilizam materiais menos impactantes em sua construção, energia renovável e possuem telhados verdes, o que contribui de forma significativa para a melhoria da qualidade do ar, da temperatura e absorção dos gases de efeito estufa. São equipamentos urbanos inteiramente confeccionados com materiais reciclados e/ou recicláveis. Além das qualidades que os telhados verdes têm e que já foram mencionadas aqui, eles se tornam um espaço atrativo para os polinizadores e fauna silvestre. Desta forma, os telhados verdes têm grande contribuição com o equilíbrio dos ecossistemas. Outro motivo para se investir em paradas verdes é a segurança e conforto proporcionadas para o usuário. Uma vez que o transporte coletivo é uma das principais estratégias para as cidades sustentáveis, pontos de espera que sejam convidativos, seguros e informativos contribuem para a adesão da população a esse sistema.

Contexto

Segundo dados da ONU (2019) até 2050 as cidades deverão absorver 70% da população mundial, ou seja, são mais de 2,5 milhões de pessoas em espaços urbanos. Um dos principais impactos disso está na mudança climática, com aumento das temperaturas e comprometimento da qualidade do ar, poluição, entre outros impactos que vêm sendo previstos. Há que se minimizar ao máximo os impactos que essas mudanças vão gerar no ambiente em que habitamos. Toda e qualquer iniciativa, seja grande ou pequena, é significativa na busca por um futuro mais equilibrado, em que as cidades sejam também ambientes mais verdes e adequados a manter minimamente um ecossistema saudável. Caxias do Sul é a segunda cidade do Estado do Rio Grande do Sul em população com 510.906 habitantes segundo o IBGE (2018). Fica no nordeste do estado, a 817m do nível do mar, na região conhecida como Serra Gaúcha. A economia é bastante focada no cultivo da uva e produção do vinho, mas também uma região de caraterística industrial. Está inserida no bioma da Mata Atlântica tipicamente a mata de araucária. Infelizmente a urbanização, cultivo agrícola e industrialização já alteraram bastante a paisagem. A Secretaria do Meio Ambiente mantém inúmeros projetos que pretendem preservar o bioma e minimizar o impacto das ocupações não planejadas.