Artigo Estudos de Caso

Projeto Cidade Inteligente Búzios

Metodologia

Energia

Redes elétricas inteligentes (Smart Grids)

Brasil

Rio de Janeiro(RJ)

Metodologia

Este projeto foi implementado entre novembro de 2011 e novembro de 2015 e, para sua execução, a Enel Distribuição Rio definiu blocos de pesquisa e criou equipes internas multidisciplinares responsáveis por cada um desses blocos (Automação de Rede, Geração Distribuída e Armazenamento, Iluminação Pública, Medição Eletrônica, Prédio Inteligente, Projeto Social, Sistemas e Telecomunicações, Veículos Elétricos, Memória Técnica e Biodigestor). Para o projeto, a Enel contratou a ICF Consultoria do Brasil, cuja missão foi integrar todos os blocos do projeto, potencializando os resultados tecnológicos e científicos para a sociedade e para o setor elétrico. Houve um alinhamento com os gestores públicos, uma importante participação do município, que contribuiu com uma visão complementar aos aspectos meramente técnicos enxergados pela distribuidora. Além das parcerias com a prefeitura, houve parcerias com outras organizações como ONG, que deram acesso aos cidadãos e consequentemente às suas instalações. Cabe ressaltar que este projeto instalou mais de 10.000 medidores inteligentes nas residências das pessoas, que em muitos casos ficaram desconfiadas com as ações da distribuidora e seus verdadeiros objetivos ao instalar esse tipo de equipamentos.

Implementação

Atores

Prefeitura de Armação de Búzios

Governamental (de cima para baixo)

Lactec

Público-Privada

Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Governamental (de cima para baixo)

Universidade Federal Fluminense

Governamental (de cima para baixo)

Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE/UFRJ)

Governamental (de cima para baixo)

International Coach Federation (ICF International)

Institucional/Privada

Fundação Getúlio Vargas

Institucional/Privada

Landis+Gyr

Institucional/Privada

Governança

Elementos fundamentais de governança: 1. Investimentos: Os montantes a serem investidos em projetos deste tipo são consideráveis, logo deve ser pensada qual a melhor forma de financiamento de uma iniciativa deste tipo para cada cidade. No caso do projeto de Búzios, os investimentos foram realizados em parte, via recursos do Programa de P&D/Aneel, sendo o restante investimento próprio da distribuidora. De fato, são poucas as cidades que poderiam arcar com investimentos desse porte, além que, por tratar-se de um projeto que se foca em grande parte em infraestrutura elétrica, é compreensível e recomendado que tenha sido liderado pela empresa de distribuição local. 2. Alinhamento com os gestores públicos: É importante que o projeto se desenvolva com a participação do município, que tem capacidade de contribuir com uma visão complementar aos aspectos meramente técnicos enxergados pela distribuidora. 3. Acesso aos munícipes: Este projeto instalou mais de 10.000 medidores inteligentes nas residências das pessoas, que em muitos casos ficaram desconfiadas com as ações da distribuidoras e seus verdadeiros objetivos ao instalar esse tipo de equipamento. Ademais, cabe citar as parcerias com a prefeitura e com outras organizações, como ONGs, que deram acesso aos cidadãos às suas instalações. 4. Integração do projeto: Como tratava-se de um projeto multilateral, com a participação de diversas organizações (universidades, grupos de pesquisa, empresas de consultoria, fabricantes etc), foi necessário realizar uma gestão de projetos integradas de maneira a trabalhar com um objetivo central único. Por fim, cabe destacar que é desejável aferir o projeto aplicando a metodologia de gestão de portfólio de projetos.

Público-alvo

População de Búzios, turistas e comunidade envolvida no projeto.

Elementos de Replicabilidade

Qualquer cidade do mundo pode instalar um projeto de redes inteligentes. No entanto, como smart grid é um conceito e não uma solução tecnológica, a rede inteligente será diferente para cada cidade.